O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira, 6, manter as taxas de juros da zona do euro na mínima histórica, enquanto aguarda para ver como as medidas de estímulos adotadas nos últimos meses se desenrolam.
Em entrevista, o presidente do BCE, Mario Draghi, sinalizou, no entanto, que a instituição está preparada para adotar mais medidas de política monetária e a equipe do banco central irá preparar o terreno caso necessário.
Em setembro, quando o BCE cortou os juros da zona do euro para a mínima histórica, Draghi disse que os juros haviam chegado "ao piso". Por esse motivo, a decisão de hoje já era amplamente esperada pelo mercado.
A taxa de refinanciamento da zona do euro ficou em 0,05%. O BCE também manteve a taxa sobre depósitos overnight negativa em 0,20%, o que significa que bancos pagam para deixar recursos no Banco Central Europeu, e deixou sua taxa de empréstimo em 0,30%.
Com a decisão, as principais bolsas europeias fecharam em alta. O índice Stoxx 600 encerrou a sessão com alta de 0,21%, aos 337,08 pontos. A análise do mercado é de que o BCE sinalizou que está mais perto de lançar medidas mais agressivas de estímulo.
Novas medidas?
Draghi disse que ainda existem riscos à recuperação da zona do euro. "O Conselho é unânime em seu compromisso de usar instrumentos não convencionais adicionais dentro de seu mandato", afirmou à imprensa. Antes de qualquer medida, Draghi sinalizou que a equipe do BCE e os comitês relevantes (de bancos centrais) farão a preparação do terreno, carro novas medidas sejam necessárias.