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Banco do Brasil e BID vão emprestar até R$ 5 bilhões para fomentar bioeconomia na Amazônia

Objetivo é financiar projetos de desenvolvimento inclusivo e sustentável com apoio a empresas e produtores rurais e incentivo a projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis

Foto do author Aline Bronzati
Por Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:

NOVA YORK - O Banco do Brasil e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinaram nesta quinta-feira, 21, uma carta de intenções para a criação de uma parceria que prevê US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,250 bilhão) em financiamento para impulsionar a bioeconomia da Amazônia no Brasil. O potencial, contudo, é que a linha alcance US$ 1 bilhão (ou em torno de R$ 5 bilhões).

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O objetivo é financiar projetos de desenvolvimento inclusivo e sustentável na região da Amazônia por meio de duas frentes. Primeiro, o BB e o BID querem apoiar empresas e produtores rurais que integram as cadeias de valor da bioeconomia da Amazônia. A segunda frente visa a canalizar financiamentos de projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis e na melhoria da conectividade em áreas urbanas, rurais e florestais da região, com prioridade para localidades isoladas.

Os recursos virão do BID e do Green Climate Fund (GCF), um dos maiores fundos do mundo que visa escalar financiamento para apoiar iniciativas de baixa emissão de carbono. Cada um deve contribuir com 50% dos recursos.

O anúncio da parceria entre o BB e o BID ocorreu em um hotel em Nova York, durante a semana do clima na cidade, um dos maiores eventos com essa temática do mundo.

Para a presidente do BB, Tarciana Medeiros, intenção é atingir R$ 500 bilhões em carteira de crédito sustentável até 2030 Foto: Fernando Santos/BB

“É um primeiro passo em busca de atingirmos o compromisso de atingir R$ 500 bilhões em carteira de crédito sustentável até 2030. Mas é um primeiro passo bastante abrangente”, disse a presidente do BB, Tarciana Medeiros.

“Serão financiadas soluções que produzam impacto na geração de renda e contribuam para a redução de emissões de carbono, por meio do combate ao desmatamento, de conservação da biodiversidade, de uso sustentável do solo e de recursos naturais e para recuperação de áreas degradadas”, detalhou.

Segundo o presidente do BID, Ilan Goldfajn, a parceria com o BB é um primeiro passo, mas esse capítulo está só começando. A capilaridade do banco é importante para fazer esses recursos chegarem na ponta, disse. “Além de impulsionar a economia da floresta, melhorar a conectividade e o uso de energias renováveis, vamos aproveitar esse projeto para estruturar as cadeias produtivas vinculadas aos negócios sustentáveis de bioempresas na Amazônia e organizar a promoção comercial dos produtos na região”, afirmou Ilan.

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A presidente do BB ressaltou que a velocidade de desembolso dos recursos vai acompanhar a demanda, reforçando os critérios técnicos da análise para a liberação do dinheiro. Segundo ela, os requisitos para que os projetos sejam financiados serão seguidos a risca, em especial em prol da preservação ambiental, a e a transição de matriz energética.

Além disso, a parceria também vai olhar a fundo o resultado final dos projetos, conforme o presidente do BID. “Ao longo dos anos, queremos ver de fato os indicadores melhorarem”, concluiu.

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