O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira, 7, manter a taxa básica de juro na zona do euro (15 países europeus que compartilham a moeda) em 4,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado. Na última reunião do BCE, ocorrida em julho, a autoridade monetária elevou o juro básico na região em 0,25 ponto porcentual para 4,25% ao ano. Após a decisão, o presidente do BCE, Jean Claude Trichet, afirmou que a autoridade monetária da zona do euro (15 países europeus que compartilham a moeda) irá monitorar de perto todos os acontecimentos para garantir a manutenção da estabilidade dos preços, que é a prioridade da instituição. Em relação aos próximos passos na condução de política monetária, Trichet afirmou que "não há viés para o juro". Para ele, os riscos para a inflação são de alta no médio prazo e, ao mesmo tempo, o crescimento "vigoroso" da base monetária aumenta a necessidade de se evitar uma segunda rodada de efeitos nos salários. "Dentro deste contexto e de acordo com nosso mandato, enfatizamos que a manutenção da estabilidade dos preços no médio prazo é nosso objetivo primário", disse. Com isso, afirmou o presidente do BCE, "o poder de compra será preservado no médio prazo e apoiaremos o crescimento sustentado da economia e do emprego". Segundo Trichet, as informações que ficaram disponíveis desde a última reunião do BC europeu, em julho, sustentam a avaliação por trás da decisão de elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual para 4,25% ao ano naquele mês, confirmando que as taxas anuais de inflação deverão permanecer acima dos níveis consistentes com a estabilidade dos preços para um período prolongado e que os riscos à estabilidade dos preços no médio prazo permanecem de alta. "As informações do ultimo mês mostraram que a decisão estava correta", disse Trichet. PIB Segundo ele, os dados econômicos recentes apontam para enfraquecimento real do Produto Interno Bruto (PIB) da região em meados de 2008, o que em parte é esperado, dado o excepcional crescimento do primeiro trimestre. Para Trichet, a expansão da economia no segundo e terceiro trimestres deste ano será "particularmente fraca" e as incertezas em relação ao crescimento econômico permanecem elevadas. "Os riscos negativos para o crescimento econômico podem se materializar.".