BRASÍLIA - O Brasil registrou a criação de 61.188 novas vagas com carteira assinada em fevereiro de 2018, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho. O resultado é o melhor para o mês desde 2014, quando foram criadas 260.823 vagas. Em fevereiro de 2017, foram criados 35.612 postos de trabalho.
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O resultado de fevereiro ficou abaixo do intervalo de 15 estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que variava entre criação de 90 mil a 170 mil postos de trabalho com carteira assinada, com mediana de 135 mil novos empregos.
No acumulado de janeiro e fevereiro, foram criados 143.186 empregos com carteira assinada – melhor desemprenho para o primeiro bimestre desde 2014, quando a economia brasileira ainda crescia com mais vigor e foram abertas 364.632 vagas de empregos com carteira assinada no Brasil, conforme a série histórica com ajustes.
O resultado de fevereiro decorre de 1,274 milhão de admissões e de 1,213 milhão de demissões. O dado inclui os contratos firmados já sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a jornada parcial. Com esse resultado mais os ajustes feitos em meses anteriores – que incorporam declarações de contratação ou demissão feitas fora do prazo 0û, o saldo do Caged em 12 meses ficou positivo em 102.494 vagas geradas entre março de 2017 e o mês passado.
Setores. O setor de serviços e a indústria lideraram a geração de empregos formais no mês de fevereiro. Segundo o Caged, os serviços terminaram o mês passado com 65.920 novos postos de trabalho com carteira assinada. Em seguida, a indústria de transformação aparece com a geração de 17.363 novos empregos formais. Entre os demais setores que terminaram o mês com contratações, em terceiro aparece a administração pública, com 9.553 novos empregos no mês. Serviços industriais de utilização pública (+629 vagas) e a indústria extrativa mineral (+315 empregos) também terminaram o mês com novos empregos. Por outro lado, o comércio terminou mais um mês com demissões. Ao todo, foram fechadao 25.247 empregos com carteira assinada no mês passado. O setor agropecuário, com 3.738 demissões, e a construção civil, com o encerramento de 3.607 empregos formais, também terminaram o mês com menos empregos que em janeiro.
À procura de uma vaga
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"Ninguém está seguro nessa crise"
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Salário. O salário médio de admissão no mercado de trabalho formal registrou queda real de 2,2% em fevereiro em relação a janeiro de 2018, para R$ 1.502,68. Na comparação com fevereiro de 2017, porém houve aumento real de 2,6%. Como tem ocorrido nos últimos meses, o salário dos novos empregados ficou abaixo do que era recebido pelos trabalhadores demitidos em fevereiro. Na média, o salário dos demitidos foi de R$ 1.662,95. Os que entraram no mercado de trabalho, portanto, recebem o equivalente a 87,31% dos que foram demitidos. Entre os setores da economia, a indústria extrativa é o segmento que tem mais diferença salarial entre demitidos e contratados: o salário médio dos que entraram é 68,4% da renda média dos demitidos em fevereiro. Na indústria, a proporção é inferior à média da economia e ficou em 79,5%. A agropecuária é o ramo da economia em que contratados e demitidos recebem basicamente a mesma coisa: os novos salários equivalem a 99,6% da renda dos que deixaram os empregos.
Veja as 5 profissões mais afetadas pela reforma trabalhista
1 / 7Veja as 5 profissões mais afetadas pela reforma trabalhista
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Com as novas regras trabalhistas, que entraram em vigor no dia 11 de novembro, algumas categorias e profissões devem sofrer mais alterações que outras... Foto: Estadão Mais
MP
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Crise. Durante a recessão, entre 2015 e 2016, o País eliminou mais de 3,5 milhões de vagas formais. No ano passado, o mercado de trabalho melhorou, mas não escapou de um resultado negativo de 20,8 mil postos fechados.
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Para este ano, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem dito que espera uma geração de vagas formais superior a 2 milhões. Já estudo técnico do Ministério do Trabalho projeta um avanço de1,8 milhão de postos. A melhora do emprego tem ganhado destaque no discurso do governo, depois do engavetamento da reforma da Previdência.