A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a aprovação com restrições da aquisição da operadora de banda larga GVT pela Telefônica Brasil, condicionando o negócio à assinatura de acordos em controle de concentração entre a autarquia e a Telefônica Brasil e também com a francesa Vivendi, antiga dona da GVT.A recomendação foi publicada ontem no Diário Oficial.A Telefônica planeja incorporar a GVT à Vivo, sua marca de telefonia móvel no Brasil, para criar o maior grupo de telecomunicações do País.A Superintendência Geral do Cade também recomendou a aprovação com restrições da operação para cindir a holding Telco, veículo de participação de outras sociedades na Telecom Itália, dona da TIM. A Telco é detida pela espanhola Telefónica, Assicurazioni Generali, Intesa Sanpaolo e Mediobanca. Para essa operação, a Superintendência do Cade recomendou assinatura de acordo em controle de concentração com a espanhola Telefônica.A exigência de saída da Telefônica do capital da controladora da TIM foi condição estabelecida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para aprovar a cisão da Telco.No caso da compra da GVT, após consultas ao mercado e à Anatel, verificou-se que, embora a atuação de Telefônica e GVT seja complementar na maior parte do Brasil, a operação resulta em concentrações relevantes em alguns municípios do Estado de São Paulo. Segundo o Cade, os termos dos acordos com as companhias serão mantidos em confidencialidade até o julgamento final dos processos, que agora seguem para o Tribunal do órgão antitruste. / LUCI RIBEIRO, COM REUTERS