No acumulado do ano, as exportações crescem a quase 27%, o que não deixa de ser uma enormidade, num ano em que a economia lá fora está capengando e seria de se esperar que as encomendas ao Brasil também fossem mais fracas. Mas as importações crescem ainda mais, crescem a 45% em relação aos números do ano passado até a terceira semana de julho.
O dólar fraco em reais pode ajudar a explicar essa pujança das importações. Mas explica pouco, porque as exportações, conforme disse, estão tendo excelente desempenho.
A principal explicação para esse salto das importações está no forte aumento do consumo interno que, por sua vez, está relacionado com a forte expansão das despesas públicas.
Essa enorme expansão das importações é um daqueles dados da economia que trabalha contra a ideia de que os juros podem ser mais baixos. E, é claro, o Banco Central vai ter de levá-lo em conta na sua decisão de definir o nível dos juros nesta quarta-feira.