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Não é fácil negociar ativos em moeda chinesa, diz presidente do BC

Campos Neto afirmou que o sistema de transações internacionais seria muito mais rápido e evoluído se todas as moedas fossem conversíveis

Foto do author Thaís Barcellos
Por Marianna Gualter (Broadcast),Thaís Barcellos (Broadcast) e Gustavo Nicoletta (Broadcast)
Atualização:

SÃO PAULO E BRASÍLIA - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou na segunda-feira, 4, que o sistema de transações internacionais seria muito mais rápido e evoluído se todas as moedas fossem conversíveis. O presidente do BC acrescentou que, embora seja comum o discurso de que outra moeda será utilizada no lugar do dólar, na prática, quem já negociou ativos em moeda chinesa sabe que “não é tão fácil”.

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“Acho bem difícil imaginar que teremos uma moeda global que não seja conversível”, emendou. “Obviamente ter uma moeda não conversível te dá mais poder sobre a moeda, mas também limita sua capacidade de ter uma moeda internacional.”

A única razão pela qual o sistema de transferências internacionais não é mais rápido e evoluído é porque a liquidação ainda é problemática, disse Campos Neto.

Campos Neto afirmou que, na prática, quem já negociou ativos em moeda chinesa sabe que 'não é tão fácil'.  Foto: Adriano Machado/Reuters

“Esse é um tema em que a tecnologia avançou mais rápido do que a praticidade”, disse. “Em termos tecnológicos, eu consigo fazer a parte operacional das transações cross border muito rápido, o problema hoje não é na operacionalização em si, é na liquidação”, reiterou.

As falas ocorreram em palestra no Brazil Payments Forum, promovido pelo Banco J.P. Morgan. O presidente do BC foi questionado se o livre fluxo entre os países de forma instantânea seria possível no curto prazo.

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