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Direito do consumidor

Opinião|Financiar faculdade requer cautela

Financiamento privado é alternativa ao Fies, mas juros são mais altos e é preciso ficar atento às condições

Atualização:
 Foto: ROBSON FERNANDES/ESTADÃO

Não foi um ano fácil para estudantes que dependiam do Programa de Financiamento Estudantil do governo, o Fies, para cursar universidades particulares. Com o corte de recursos pelo governo, houve estudante que só não perdeu o ano letivo porque conseguiu financiamento privado, mas logicamente com juros bem mais salgados.

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Para 2016, no entanto, essa pode ser um alternativa arriscada. Em período de recessão, desemprego crescente, chegando aos dois dígitos, quem não tem dinheiro para pagar do próprio bolso a faculdade precisa ter cautela ao recorrer ao financiamento privado.

Educação sempre deve ser prioridade, mas acima de tudo é preciso avaliar bem as condições para pagar essa dívida. Afinal, "Pátria educadora" não é nada além de um slogan publicitário do governo.

Ao contrário do Fies - que oferece juros baixos -, no financiamento privado o estudante tem de pagar pelo menos metade do valor da mensalidade e os juros durante o curso, e o restante deve ser saldado nos anos seguintes após a formatura, em período equivalente à duração dos estudos.

Quem fatura com essa situação são as empresas de crédito privado, cujo crescimento este ano foi de seis vezes em relação ano passado, e que esperam manter a alta no ano que vem.

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Ao contratar um financiamento estudantil leia cuidadosamente as regras do contrato, prestando atenção nas diferentes fases: taxa de amortização, prazo de carência para iniciar o pagamento, juros, Custo Efetivo Total (CET) e penalidades para eventuais atrasos. E lembre-se de que as mensalidades são reajustadas acima da inflação pelas universidades todos os anos, o que estimula ainda mais o crescimento da dívida. Não se esqueça de que depois de formado, você vai precisar conseguir um emprego logo para arcar com os custos do financiamento.

Opinião por Economia & Negócios
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