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Direito do consumidor

Opinião|Hora de enfrentar a realidade financeira

Atualização:

Passadas as festas de final de ano, temos a impressão de já ter cometido todos os excessos possíveis e imagináveis - comida, bebida, compras, enfim, despesas e atos que se acumulam perigosamente. Parte desses excessos talvez se justifique, digamos, pelo período festivo, depois de mais um ano cansativo e desafiador. Agora, impõe-se um período de mais controle em diversas áreas, para retomar a rotina de vida.

Foto: Estado.  

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O primeiro passo é voltar à alimentação saudável, aos exercícios físicos e à moderação na bebida alcoólica. Outra providência urgente é fazer as contas e saber exatamente como está nosso orçamento.

Se você fizer parte do time que gastou por conta sem saldo na conta bancária, projete algumas semanas de austeridade para colocar as finanças em dia. Afinal, como já comentamos aqui, o primeiro semestre do ano é mais de desembolsos do que de ganhos: imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU); imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA); matrículas e materiais escolares; imposto de renda (IRPF).

Dificilmente haverá dinheiro sobrando para quitar todos esses boletos de uma só vez. Então, calcule bem o impacto que terão sobre os pagamentos mensais.As medidas para acertar o orçamento não são milagrosas, mas exigem bastante disciplina e determinação. Geralmente, implicam o corte de despesas destinadas ao lazer, extrema atenção às compras (com pesquisa prévia e comparação de preços).

São ações como optar pelo conserto de um calçado em lugar de comprar outro novo. Comer menos fora de casa e levar uma lista de compras para o supermercado, sem espaço para escolher produtos por impulso.

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"Ah, mas eu preciso de férias depois de um ano difícil", você pode argumentar, com muita razão. Porém, o correto é planejar as férias com bastante antecedência, guardando dinheiro para passagens, hospedagem e passeios.

Caso não tenha feito isso, contente-se com viagens mais curtas, tanto em distância quanto em tempo.Eu sei, é muito chato restringir os gastos. Concordo, porém é bem mais chato retomar as dívidas em um novo ano, deixando-o precocemente com jeito de ano velho. Portanto, vamos fazer os ajustes necessários antes que as dívidas se tornem impagáveis.

A propósito, é uma boa notícia que o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional, bem no final de 2023, estabeleceram que os bancos terão de adotar medidas de educação financeira, baseada na ética, na responsabilidade, na transparência e na diligência. Parabéns!

Opinião por Claudio Considera
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