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Bastidores do mundo dos negócios

Apesar de juro menor, captações em renda fixa deste ano devem ser menores às de 2022

Previsão é da área de emissão de dívidas local e internacional do UBS BB

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Corte da taxa Selic pelo Banco Central já estava precificada nas curvas futuras, portanto, não altera imediatamente as decisões das empresas de desengavetar ofertas  Foto: DIDA SAMPAIO / ESTADAO

O ritmo de captações pelas empresas com emissão de debêntures e outros instrumentos de renda fixa deve seguir acelerado, mas mesmo assim, a perspectiva é de o ano fechar com um volume de operações inferior a 2022. A previsão é do responsável pela área de emissão de dívidas local e internacional do UBS BB, Samy Podlubny. Ele diz que o corte da taxa Selic pelo Banco Central já estava precificada nas curvas futuras, portanto, não altera imediatamente as decisões das empresas de desengavetar ofertas, as quais estão tomando aos poucos.

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As decisões de acessar o mercado podem se alterar de acordo com o que vier à frente em termos de novos cortes da Selic e desempenho econômico. Com a taxa de juro caindo, a taxa de retorno dos projetos das empresas começa a melhorar. E isso é um incentivo, diz Podlubny. O UBS BB projeta um juro para o fim de 2024 de 8% ao ano, o que representa uma queda de mais de 5 pontos porcentuais em relação ao nível atual. “É uma queda expressiva e as empresas estão olhando a seus projetos e calculando se a taxa de retorno é ou não positiva”, diz ele.

No acumulado deste ano até julho, as emissões de debêntures, que representam o grosso das operações de captação privada em renda fixa, chegaram a R$ 90,7 bilhões, queda de 42,8% em relação ao mesmo período de 2022. No ano passado, as emissões de debêntures somaram R$ 271 bilhões.


Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 10/08/23, às 15h25.

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