O Banco do Brasil conseguiu segurar ao menos dez diretores que estavam com o pé na aposentadoria, apurou a Coluna. Trata-se de uma ofensiva da atual gestão para reter profissionais que já atingiram a idade de deixar o banco. A ação ocorre em meio à debandada de funcionários do alto escalão do BB nos últimos anos - com destino à iniciativa privada -, em um ambiente de forte concorrência no setor financeiro e ainda às vésperas da adoção de um programa de demissão voluntária (PDV) no conglomerado.
Como funciona. Batizado de 'plano de incentivo a diretores', a iniciativa terá validade somente até 2027, com o objetivo de segurar nomes mais seniores e que estavam prestes a deixar o BB por conta da aposentadoria. Com o plano, esses diretores podem se aposentar, mas seguem trabalhando no banco. Antes, esse era um benefício restrito a vice-presidentes da casa e que foi estendido ao escalão abaixo, em meio ao forte assédio dos concorrentes privados ao quadro do banco público.
Fica mais. O plano tem como meta reter em torno de 15 executivos prestes a se aposentarem. É praticamente metade do total de diretores do banco. Boa parte da ação já foi concluída, com cerca de dez adesões. Dentre elas, estão nomes como o de Edson Rogério da Costa, de meios de pagamentos e que lida com o sócio Bradesco em negócios como Elo e Cielo. Além dele, estão o diretor de empréstimos e financiamentos, Marco Túlio de Oliveira Mendonça, e o diretor de Gestão de Pessoas, José Avelar Matias Lopes, dentre outros. Procurado, o BB não comentou.
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