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Bastidores do mundo dos negócios

Em resposta à Polo Capital, CVM diz não ver irregularidade em Oncoclínicas

Gestora questionou lançamento de custos médicos como ativos intangíveis

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Por Cristiane Barbieri (Broadcast)
Empresa considera despesas como propriedade intelectual e, portanto, seriam ativos em vez de passivos Foto: Divulgação/Oncoclínicas

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) disse não ver irregularidades contábeis na Onclínicas, em resposta à carta publicada pela Polo Capital em junho. À época, a gestora afirmou ter montado uma posição vendida (quando espera que a cotação das ações da empresa caia) em relação à Oncoclínicas, por conta, entre outras coisas, da adoção de alguns parâmetros contábeis que considerava artificiais.

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Na carta enviada a investidores, a Polo dizia que o lançamento no demonstrativo de resultados de custos médicos como ativos intangíveis, em vez de despesas, teria como consequência margens maiores. Um dos maiores centros de tratamento de câncer do País, a empresa considera que essas despesas são direito de exclusividade e propriedade intelectual, e portanto seriam ativos em vez de passivos, no que é chamado capitalização de despesas.

Para a gestora, a decisão seria subjetiva e resultaria em balanço inflado com menores custos e, consequentemente, geração de caixa e margens maiores. Apesar de a medida ser legal na contabilidade, a capitalização das despesas pela Oncoclínicas seria, segundo a Polo, “custo core”, inerentes a um negócio médico-hospitalar e, ao adotar essa prática, a empresa estaria inflando resultados operacionais de curto prazo.

Agência reguladora diz que empresa cumpriu regras contábeis

Em Parecer Técnico, a CVM disse não ter visto irregularidade em relação à prática por ter cumprido as regras contábeis, bem como pelo fato de o auditor não ter ressaltado a necessidade de correção nas demonstrações financeiras.

O parecer, porém, se ateve à reclamação ligada à contabilidade da Oncoclínicas. Na carta, a Polo havia destacado outros itens que considera irregulares, como a política de remuneração dos executivos, superior a de concorrentes que têm maior geração de caixa, bem como outras questões ligadas à governança e transparência. A CVM afirmou que as demais reclamações estão em análise. Procurada, a Polo Capital disse que não comentaria.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 13/11/23, às 12h15

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