O presidente da LaLiga, Javier Tebas, disse que a liga espanhola só nasceu por obrigação legal. “Foi preciso promulgar uma lei, em 1990, para que houvesse a criação da LaLiga”, disse Tebas à Coluna do Broadcast. “São muitos interesses envolvidos, de times grandes e pequenos, e é muitíssimo difícil chegar a um acordo que agrade a todos.”
Para ele, o Brasil só caminhará no sentido de ter uma liga única de futebol quando houver movimento similar no País. Hoje, Portugal trilha o mesmo caminho. A lei portuguesa foi implantada em 2021 e prevê a criação da liga em 2028. O mesmo acontece no México.
“Venho ao Brasil há muitos anos e é sempre a mesma conversa, de que a liga brasileira está em negociação”, afirmou, durante o evento Sports Summit 2024, que reuniu profissionais, investidores e empresários de várias modalidades esportivas, em São Paulo. “Em cinco ou seis anos, a liga brasileira estaria entre as melhores do mundo e os talentos não sairiam daqui com tanta facilidade.”
A dívida dos clubes espanhóis, que superava o US$ 1 bilhão, hoje não existe. Os times não só são lucrativos, como recolhem impostos e estão em uma fase muito mais avançada em termos de negócios e busca de novas frentes de receita.
Uma das principais frentes da LaLiga, por exemplo, é a expansão internacional. Com torcedores em todo o mundo, do Sudeste Asiático ao Oriente Médio, passando por Austrália, EUA e Brasil, a LaLiga trabalha para fazer partidas oficiais do campeonato espanhol em diferentes países. Os principais mercados de interesse são EUA e Canadá, por conta do tamanho e da maturidade profissional do setor, bem como a América Latina, pelo laço com os jogadores e com o esporte. “Queremos estar mais perto de atuais e possíveis novos torcedores”, disse Tebas.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 08/05/24, às 12h18.
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