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Volvo CE estima que 30% das vendas no Brasil virão do agronegócio até 2030

Máquinas para fertilizantes estão no foco da companhia

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Atualização:

A fabricante de máquinas e equipamentos Volvo Construction Equipment (Volvo CE) aposta no agro para crescer em vendas até 2030. Luiz Marcelo Daniel, presidente da marca na América Latina, estima que até lá 30% das vendas no Brasil virão do setor. Hoje, no Brasil, 20% a 25% do volume comercializado de equipamentos de linha amarela – como pás carregadeiras, escavadeiras e caminhões articulados – se destina ao segmento agrícola, ou 20% do faturamento no País. Em 2023, a Volvo CE faturou 104,9 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 10 bilhões) no mundo – a empresa não divulga os números por país. Em fábricas brasileiras de todos os segmentos, investirá R$ 1,5 bilhão até 2025.

Um dos focos da Volvo CE para o agro são máquinas para fertilizantes que, devido ao alto teor corrosivo, demandam equipamentos específicos. Apenas no Brasil, maior produtor e exportador de açúcar, tem produtos específicos para a cana-de-açúcar.

Nova alíquota de importação do aço, na leitura da Volvo CE, não deve afetar custo de produção de máquinas para agronegócio no curto prazo Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Para Daniel, a nova alíquota de importação de aço não deve afetar o custo de produção no curto prazo. “São 12 e 18 meses até chegar no consumidor”, diz. Em abril, o governo anunciou a adoção de cota referente à média das importações entre 2020 e 2022, acrescida de 30%. O que exceder, será sobretaxado em 25%.

Vai Longe

O tamanho da quebra da safra gaúcha de soja na produção brasileira de grãos demorará a ser conhecido, estima Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil. “Quando as enchentes atingiram o Estado, havia parte da soja a ser colhida em algumas regiões que foram afetadas e em outras que não foram. Além disso, volumes foram perdidos em silos, cooperativas e processadoras”, explica. Para ele, será um trabalho longo de mensuração para depois estimar o reflexo na produção total do País

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Efeito

A Cargill possui uma unidade de processamento no Rio Grande do Sul, localizada em Cachoeira do Sul. A fábrica não foi atingida pelas inundações, mas opera parcialmente sem previsão de retorno para a produção de biodiesel. “O desafio é garantir a oferta da matéria-prima, sobretudo biomassa, para abastecer a planta”, diz Sousa. Outro gargalo relatado é a dificuldade dos compradores em retirar farelo e biodiesel, já que o escoamento rodoviário do Estado está prejudicado.

Reorganiza

Por causa da situação do Rio Grande do Sul, Estado essencialmente agrícola, a Frente Parlamentar da Agropecuária revisou as pautas prioritárias da bancada com o governo e com o Congresso. “A prioridade zero é o atendimento aos produtores gaúchos com medidas emergenciais”, diz o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), presidente da frente. Depois, vêm as articulações para reforma tributária e para o Plano Safra 2024/2.

Demanda crescente

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Os adjuvantes adicionados aos defensivos agrícolas movimentaram R$ 2,9 bilhões no Brasil em 2023, resultado quatro vezes maior do que o registrado em 2015. É o que revela o estudo FarmTrak, da Kynetec Brasil, sobre o manejo feito pelo produtor em mais de 20 culturas. Lavouras de soja lideraram a aplicação, com R$ 1,6 bilhão (56% do total) no ano passado. Depois vieram milho (18%), trigo e algodão (5% cada). O Centro-Oeste foi responsável pela maior parcela da receita (41%), com destaque para Mato Grosso (56%).

Uso disseminado

Raquel Ribeiro, especialista da Kynetec, explica que a aplicação de adjuvantes para melhorar a absorção dos defensivos pela planta ganhou tração nas diferentes lavouras. Desde 2015, a adoção dos produtos nas áreas de soja subiu de 87% para 98%. No milho segunda safra, foi de 59% para 95%, e, no milho verão, de 43% para 80%. Já na cana-de-açúcar passou de 39% para 71%. Na uva, subiu de 33% para 83%.

Giro

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) calcula perda de 1 milhão de toneladas de grãos da safra 2023/24 no Rio Grande do Sul por causa das enchentes. A estimativa é preliminar. “As perdas serão mais bem apuradas quando houver condições de levantamento a campo”, disse Sílvio Porto, diretor executivo de Política Agrícola e Informações da companhia.

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Vem aí

O mercado acompanha amanhã o primeiro leilão da Conab para compra de arroz importado. Serão adquiridas até 104.034 toneladas, que devem chegar ao consumidor por, no máximo, R$ 4 o quilo. Produtores do Rio Grande do Sul, porém, são contra a medida, garantindo que há cereal suficiente no País. /AUDRYN KAROLYNE, ISADORA DUARTE e LEANDRO SILVEIRA

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