A Mastercard está estudando os pontos em comum e as diferenças entre as mudanças que propôs às empresas que emitem e aceitam pagamentos com sua bandeira e as que o Banco Central apresentou ao mercado para a estrutura de garantias em cartões.
A empresa propôs aos participantes a estruturação de um fundo que ajudaria a gerenciar os riscos, e que teria contribuições de emissores ligados à rede da Mastercard. Na consulta pública sobre garantias que colocou no ar no começo deste mês, o BC também propôs a instituição de fundos para prestar as garantias, além de outros possíveis instrumentos.
Essa discussão começou após o debate sobre o crédito rotativo travado no ano passado dentro do setor financeiro. O tema acabou incluindo as compras parceladas no cartão de crédito, com bancos alegando que a estrutura atual dos meios de pagamento deixa todo o risco de inadimplência nas mãos deles. A ideia, tanto do regulador quanto do mercado, é criar novos mecanismos de distribuição dos riscos.
Viabilidade em discussão
A Mastercard também fez uma consulta pública, voltada a bancos e empresas que participam do sistema de pagamentos que gere, e com base nas contribuições fez a proposta do fundo. Segundo o presidente da empresa no Brasil, Marcelo Tangioni, neste momento estão em discussão pontos como a viabilidade do fundo.
A empresa deve enviar uma manifestação na consulta do BC. Além disso, participa dos debates da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que também deve enviar propostas, e que defende que cada agente do setor preste garantias proporcionais ao risco de suas operações.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 12/09/2024, às 08h42.
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