Minoritários da Linx querem que a empresa apresente as propostas para sua aquisição na mesma assembleia. Significa colocar sob o escrutínio dos acionistas as duas ofertas, lado a lado e simultaneamente, e deixar que eles decidam entre a feita pela Stone e a da Totvs. O receio é que apenas a da Stone seja apresentada para o aval dos acionistas. A empresa de pagamentos listada na Nasdaq aumentou o valor da proposta esta semana, mas manteve os pontos polêmicos, como o acordo de não competição. Na prática, a proposta, segundo a visão de minoritários, renderá um prêmio aos fundadores, o que é vetado a empresas que participam do Novo Mercado da B3, como é o caso da Linx. A proposta da Stone já foi aprovada por acionistas e protocolada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos Estados Unidos, a SEC. Stone e Linx têm ações listadas por lá.
Correria. Já a Totvs informou nesta semana que o formulário F-4 para ser enviado à SEC está em fase avançada. Assim, não há "nenhum obstáculo existente para que sejam atendidos o melhor interesse dos acionistas da Linx". Para ela, é "fundamental que as propostas disponíveis sejam submetidas simultaneamente na mesma assembleia geral, no contexto dos deveres fiduciários dos conselheiros independentes e da preservação do pleno direito de escolha dos acionistas da Linx". Procurada, a Linx informou que "o mercado e demais interessados serão informados sobre esse trâmite, por meio dos comunicados oficiais da empresa".
A Stone, por sua vez,afirma que a garantia dos contratos de "não competição" e "não aliciamento" dos acionistas fundadores da Linx "tem valor relevante para todos os acionistas da companhia combinada, ao assegurar que aqueles não criem novos empreendimentos, trabalhem para concorrentes ou recrutem executivos-chave da companhia".
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