EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

Notícias do mundo do agronegócio

Com diversificação, Fex Agro prevê fechar o ano de 2025 com receita de R$ 225 milhões

No último trimestre do ano, 58% da receita veio dos insumos agrícolas, 26% da nutrição animal e 14% de grãos

PUBLICIDADE

Foto do author Coluna  Broadcast Agro

A estratégia de diversificação de produtos levou a Fex Agro, distribuidora de insumos agrícolas com sede em Primavera do Leste (MT), a fechar 2024 com faturamento de R$ 135 milhões, resultado que pode crescer 80% neste ano, para R$ 225 milhões. Daniel Barbosa, CEO, conta que a expectativa se baseia no forte desempenho no último trimestre do ano, com 58% da receita vindo dos insumos agrícolas, 26% da nutrição animal e 14% de grãos. “Este mix nos dá uma vantagem competitiva, pois o ciclo de recebimento na nutrição animal é de 30 dias, enquanto insumos chegam a 180 dias, garantindo melhor fluxo de caixa”, diz. A empresa conseguiu manter margens positivas, entre 1% e 2% em 2024, quando boa parte do setor operou no vermelho.

Entre as culturas atendidas, a Fex Agro comercializa insumos para a soja. Possui seis unidades em Mato Grosso, Goiás e São Paulo  Foto: FOTO GERMANO RORATO / ESTADAO

Expansão impulsiona novas unidades

A empresa avança com planos de crescimento geográfico, incluindo uma nova unidade em Minas Gerais focada em nutrição animal. Além da expansão territorial, estuda oportunidades na industrialização de farelo de algodão e no atendimento ao mercado de gergelim.

Gestão de crédito garante segurança

A Fex Agro reforçou a análise de risco em 2024, ano marcado por recuperações judiciais de empresas do setor de distribuição. “Em uma indústria onde problemas climáticos e pragas são inevitáveis, precisamos ter estrutura de crédito semelhante à de um banco”, diz, citando visitas técnicas feitas às propriedades.

Notas

PUBLICIDADE

QUASE LÁ. A C.Vale já usa 92% da capacidade de processamento de sua esmagadora de soja em Palotina (PR), que começou a operar em junho. São 53,3 mil sacas diárias hoje e devem chegar a 60 mil/dia ainda neste ano, quando a operação atingirá 100% da capacidade. Sobre o faturamento, Alfredo Lang, o presidente da cooperativa, diz que dependerá “muito dos preços na Bolsa de Chicago”. Devido às cotações mais baixas dos grãos ao longo do ano, a C.Vale espera recuo de 10% na receita em 2024, ante os R$ 24,4 bilhões de 2023.

VALOR AGREGADO. Com 198 unidades no Brasil e no Paraguai, a C.Vale pretende que a industrialização represente 50% do faturamento no longo prazo, contra os atuais 25%. A transformação de produtos primários em itens de maior valor agregado é prioridade. A cooperativa aposta sobretudo nos segmentos de frango e peixe. Hoje, porém, o aumento da produção ainda enfrenta o alto custo com energia elétrica e recursos hídricos. “Cada negócio tem que se pagar. Você só cresce de maneira sustentável se oferecer rentabilidade”, afirma Lang.

Publicidade

PÉ NO FREIO. Mesmo com a melhora esperada para o agronegócio neste ano, produtores rurais se manterão cautelosos para novos investimentos, avalia José Carlos Hausknecht, sócio-diretor da consultoria MB Agro. “É momento de o produtor acertar as contas e reduzir endividamento, pois os juros altos pesam em aquisição de bens de capital”, diz Hausknecht. Ele prevê apenas investimentos pontuais dos produtores rurais em máquinas e equipamentos agrícolas, sem renovação de frota.

É DAQUI. A Lagar H, produtora de azeite em Cachoeira do Sul (RS), viu seu faturamento avançar 70% de 2023 para 2024. “Com os azeites importados vindo muito mais caros, o consumidor deu uma chance para o produto nacional”, diz Glenda Haas, diretora. Sem revelar números, ela associa o crescimento da marca a mais pontos de venda: além do site, lojas especializadas e da rede Santa Luzia, os produtos também estão nas prateleiras de outros supermercados, como Mambo e St. Marche, concentrados em São Paulo.

LIMITE. A empresa quer se expandir para todo o Brasil – hoje, 85% a 90% dos produtos são vendidos na capital paulista. Mas para isso precisa de produção. Segundo Haas, a safra que será colhida entre fevereiro e março deve ser menor do que a do ano passado, devido às chuvas na época de polinização e às queimadas. “A gente não sabe o que vai acontecer de fato na prateleira”, pondera.

GIRO

Embargo não deve afetar exportação de soja à China

O governo vê efeito praticamente nulo da suspensão chinesa da compra de soja de cinco unidades de empresas brasileiras. A expectativa é de que em até dois meses as plantas industriais serão reabilitadas. O embargo teve caráter fitossanitário, em virtude de as cargas não estarem em conformidade com os requisitos exigidos pelo mercado chinês.

VEM AÍ

Com o preço do café batendo recordes, tanto no campo quanto nas gôndolas, o mercado monitora nesta semana a primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento para a safra 2025. A previsão do mercado é de uma produção menor neste ano, que começa a ser colhida em março.

Publicidade

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para cadastrados.