PUBLICIDADE

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Notícias do mundo do agronegócio

KPMG vê mais fusões e aquisições no agro em segmentos estratégicos

Movimento é liderado pelos setores de fertilizantes, sobretudo biológicos e organominerais, e de açúcar e etanol

PUBLICIDADE

Foto do author Coluna  Broadcast Agro

O custo de capital elevado, a demanda por inovação e as boas perspectivas de crescimento impulsionam as fusões e aquisições (M&As) no agronegócio. Segundo a consultoria KPMG, que assessora empresas nas transações, o movimento é liderado pelos setores de fertilizantes, sobretudo biológicos e organominerais, e de açúcar e etanol.

Açúcar e etanol estão entre os setores que lideram fusões e aquisições no agro Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Juntos, somaram sete operações no 1.º semestre, alta de 133% em um ano – foram apenas cinco em 2023. As companhias não revelam valores, mas somente uma das transações do setor sucroalcooleiro movimentou US$ 1,4 bilhão. “Os fatores direcionadores permanecem no médio prazo. Esperamos uma performance ainda melhor neste 2.º semestre”, diz Giovana Araújo, sócia líder de agronegócio da KPMG.

Dólar valorizado atrai investidor externo

A consolidação das cadeias do agro e o câmbio despertam o interesse do capital estrangeiro. “O dólar forte ante o real favorece o aporte de investidores no Brasil”, avalia Giovana. Exemplo disso é a presença de investidores israelenses e belgas em M&As de adubos, destaca.

Movimentação em alimentos e bebidas

As fusões e aquisições estão mais frequentes também na indústria de alimentos e bebidas. Essas operações quase dobraram, saltando de 15 no 1.º semestre de 2023 para 29 este ano, diz a KPMG. Empresas de máquinas e equipamentos agrícolas são outro alvo das M&As, aponta Giovana, em meio ao ambiente desafiador do segmento.

União

A Atvos fechou parceria com a PwC Agtech Innovation para acelerar o desenvolvimento de novidades no setor sucroenergético. A fabricante de açúcar e biocombustível passou a contar com uma estação de trabalho no hub de inovação da empresa de consultoria e auditoria em Piracicaba (SP). A colaboração se concentrará em soluções como telemetria para manutenção preditiva, automação agrícola e inteligência artificial para tomadas estratégicas de decisão. l

Publicidade

Máquinas com IA

A AutoAgroMachines garantiu financiamento de R$ 8 milhões por meio da Superintendência da Zona Franca de Manaus para o desenvolvimento de máquina agrícola autônoma de reflorestamento. A Forest Reform terá um sistema híbrido de motorização (diesel e elétrica) e inteligência artificial para otimização do plantio. A máquina deve estar pronta em janeiro.

Mais por vir

A Forest Reform é uma das três máquinas em desenvolvimento pela AutoAgroMachines, voltadas para o plantio de mudas, reflorestamento e silvicultura. A empresa tem parceria com a Incomagri na construção das máquinas e estabeleceu acordos para testes com Suzano e Eldorado. A máquina tem capacidade de plantar 1.800 mudas/hora e o plano é vender 6.500 unidades em dez anos, ao preço estimado de quase R$ 3 milhões cada.

Tic-tac

A proximidade da entrada em vigor da lei antidesmatamento da União Europeia levou 50 empresas e cooperativas brasileiras exportadoras de café a aderirem à Plataforma de Rastreabilidade Cafés do Brasil. A iniciativa é do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) com a Serasa Experian. “Hoje, todos os embarques para o bloco europeu estão cobertos. Além das empresas, há 245 mil produtores, de 300 mil, cadastrados”, conta Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé. A plataforma permite comprovar que o grão vendido aos europeus provém de áreas livres de desmatamento e atende aos requisitos socioambientais do regulamento europeu, com geolocalização e cruzamento de dados de satélites.

Corrida

A lei ambiental da UE entra em vigor em janeiro e países exportadores de produtos agrícolas, como Brasil, China e Estados Unidos, pediram o adiamento e a flexibilização das regras. No café, cerca de 60 países manifestaram discordância em relação ao regulamento. “No momento, não há indicativo de alívio, então trabalhamos para estar aptos às exportações sob novas regras”, diz Matos.

Produção pecuária vaigerar créditos de carbono

Um projeto recém-lançado por pecuaristas de Mato Grosso reconhecidos pela sustentabilidade quer gerar créditos de carbono a partir da produção. Um boi de baixo carbono garantirá ganhos em produtividade, reduzirá o desmatamento e dará renda extra ao produtor. A Liga do Araguaia, que abriga 75 fazendas no Vale do Araguaia, e a Ambipar Environment lideram a iniciativa.

Publicidade

Expointer marca retomada do agronegócio gaúcho

A Expointer, feira agropecuária em Esteio (RS), terá um peso simbólico extra neste ano. Será o primeiro grande evento do setor após as enchentes que atingiram o Estado. A expectativa é de menor público com a logística comprometida, mas o volume de negócios deve ficar igual ou superior ao da edição passada./ISADORA DUARTE, LEANDRO SILVEIRA e TÂNIA RABELLO

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.