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LongPing amplia aportes em pesquisa para alcançar liderança em sementes

Multinacional chinesa deve concluir obras de centro de pesquisa no Paraná nos próximos meses

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Por Coluna Broadcast Agro
Atualização:

De olho na liderança em sementes no Brasil, a multinacional LongPing High-Tech inaugurou este ano estações de pesquisa em Balsas (MA), Formosa e Rio Verde (GO) e deve concluir até o começo de 2024 obras para centro de pesquisa em Rolândia (PR), todos para melhoramento genético. O aporte para pesquisa e desenvolvimento é de R$ 33 milhões em 2023 e inclui estudo de novas sementes de milho, sorgo e soja. “Queremos estar nos principais mercados, com produtos adaptados e competitivos”, diz Edimilson Linares, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento. A LongPing, que representa 5% do faturamento do conglomerado chinês Citic, é a segunda em volume de vendas no mercado de milho brasileiro, que pretende liderar em até dois anos.

Avanço no sorgo e aposta na soja

Os três híbridos de sorgo lançados em 2022 animam a LongPing, que busca a liderança do segmento em cinco anos. Na soja, desenvolve programa de melhoramento e espera vender as primeiras variedades em 2026. Ela tem capacidade para 20 milhões de sacos de sementes no País.

Oportunidades no Centro-Oeste

A LongPing estuda onde abrigará, em 2024, a estação de pesquisa prevista para o Vale do Araguaia, em Mato Grosso. Também avalia nova estação em Mato Grosso do Sul. O aporte em pesquisa e desenvolvimento vem crescendo 20% ao ano nos últimos cinco anos, diz Linares, que espera o mesmo avanço em 2024.

Sede da LongPing em Cravinhos (SP); empresa chinesa investe em novas unidades de pesquisa e desenvolvimento para alcançar liderança em sementes no Brasil Foto: LongPing High Tech

Colhe frutos

Após investimento de R$ 200 milhões na modernização da fábrica de Ilhéus (BA), a receita da indústria de processamento de derivados do cacau Joanes deve crescer 50% a partir de 2024. Adquirida pela Olam Food Ingredients (Ofi), com sede em Cingapura, a baiana atende aos mercados interno e externo de chocolates, achocolatados e biscoitos. Com o aporte, o processamento de cacau passou de 40 mil para 60 mil toneladas/ano. Além disso, duplicou o portfólio no Brasil.

Novidade

Os lançamentos da Joanes devem chegar ao mercado em alguns meses. Um dos produtos será o chocolate em pó mais escuro que os atuais, com sabor mais intenso e menos ácido, segundo Elício Amado, diretor comercial da Ofi no Brasil. Em 2022, o faturamento da Ofi global superou US$ 12 bilhões. A empresa não detalha a receita no Brasil, mas Amado diz que o País é estratégico para abandonar a fama de trading de commodities e se tornar “fornecedora de soluções em alimentos”.

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Agenda ESG

Citrosuco, maior exportadora de suco de laranja do mundo, aderiu ao sistema de irrigação por assinatura em 3.567 hectares de seus pomares de citros. O projeto, juntamente com a Netafim, foi adotado em três fazendas da companhia no interior de São Paulo. Com a irrigação por gotejamento, a empresa calcula aumentar a eficiência no uso da água em até 95%, segundo Tomás Balistiero, diretor operacional. O projeto é o primeiro instalado nesta modalidade no Brasil, conta Ricardo Almeida, o CEO para Mercosul da Netafim. Há previsão de ampliação para lavouras de cana-de-açúcar e de grãos.

Contrapartida

A Coreia do Sul negocia com o Brasil a possibilidade de exportar morango e uva de mesa para cá. O pedido seria em troca de abrir o mercado sul-coreano para a carne bovina brasileira. O governo entende que pode haver acordo para a entrada do morango no País, sem colocar em risco a competitividade da fruta nacional. Já no caso da uva o Brasil tende a não ceder, conta fonte que acompanha as tratativas.

Gigante Amazônico

Administrada pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), a Origens Brasil®, rede que promove economia sustentável na Amazônia, conseguiu aumentar a renda anual do comércio legal do pirarucu da região do Rio Solimões (AM) de R$ 38 mil para R$ 620 mil nos últimos três anos. Em 2022, 467 pescadores venderam 62 mil unidades do peixe, um dos maiores de água doce do País, além de farinhas e produtos artesanais derivados da floresta.

Giro

O presidente da Conab, Edegar Pretto, defende a retomada dos estoques públicos de grãos em volume suficiente para garantir o consumo doméstico. “Não trabalhamos com política de intervenção. São estoques públicos pelo menos para atender ao mercado interno”, enfatiza. Além do milho, feijão, arroz e trigo estão no radar da empresa para esta reserva.

Vem aí

Pela primeira vez, projetos voltados à agropecuária serão inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que será anunciado pelo governo federal na próxima semana. Investimentos ligados à infraestrutura, como ferrovias e estradas vicinais, e o programa de conversão de pastagens degradadas estão no rol./ Letícia Pakulski, Gabriela Brumatti e Isadora Duarte

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