PUBLICIDADE

Publicidade

Combustível sustentável promete futuro mais limpo para aviação brasileira; leia artigo

Governo nacional já reconheceu a importância da transição e tomou medidas para promover a produção local deste tipo de combustível, que pode reduzir as emissões de C02 em até 80%

Por Guillaume Gressin*

A indústria da aviação global está respondendo às preocupações crescentes sobre as mudanças climáticas e buscando reduzir seu impacto ambiental. O Combustível Sustentável de Aviação (SAF), derivado principalmente de biomassa e resíduos, destaca-se como uma solução promissora para diminuir as emissões de carbono em nossa indústria.

PUBLICIDADE

Hoje, existe um consenso sobre a necessidade de substituir combustíveis convencionais de aviação por SAF, que pode reduzir as emissões de CO2 em até 80%, contribuindo significativamente para a meta de emissões de carbono “net zero” até 2050 da indústria. Entretanto, apesar de ter impulsionado 450 mil voos comerciais no mundo desde 2011, o SAF foi responsável por menos de 1% dos voos operados em 2021.

O governo brasileiro já reconheceu a importância da transição e tomou medidas para promover a produção local de SAF, como a colaboração internacional para impulsionar a produção e criar um ambiente favorável aos produtores brasileiros. Iniciativas assim fortalecem o compromisso do País com a descarbonização e contribuem para um futuro mais viável da aviação.

Recentemente, a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) destacou que o futuro depende de combustíveis ambientalmente responsáveis, e o setor privado já investiu mais de quatro bilhões de dólares no desenvolvimento de novas biorrefinarias. O Brasil está explorando matérias-primas promissoras, como cana-de-açúcar e óleos de canola e macaúba – esta última, em particular, apresenta um rendimento maior que a soja, e ambas podem ser cultivadas em áreas degradadas.

No ano passado, a Airbus e o Grupo Latam Airlines também financiaram um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT) sobre opções sustentáveis de descarbonização na aviação na América Latina até 2050, considerando SAF, hidrogênio de baixo carbono e outras tecnologias, e que deverá trazer recomendações concretas para o Brasil.

Apesar de ter impulsionado 450 mil voos comerciais no mundo desde 2011, o SAF foi responsável por menos de 1% dos voos operados em 2021.  Foto: MARCELO D. SANTS/FRAMEPHOTO

O Brasil é um país com grande potencial para biocombustíveis e estes podem impulsionar a economia e a indústria local. A colaboração entre órgãos governamentais, companhias aéreas, aeroportos e produtores de biocombustíveis é essencial para acelerar a produção e aumentar o uso de SAF, o que pode posicionar o Brasil como um importante participante no mercado de combustível de aviação. Esperamos ver o forte crescimento do País nessa área nos próximos anos.

*Guillaume Gressin é vice-presidente de Operações Internacionais, Estratégicas e Comerciais da Airbus América Latina.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.