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Comitê da Petrobras aprova indicação de Paes de Andrade para presidência da estatal

Indicação do executivo para o conselho e a presidência da Petrobras foi aprovado pela maioria dos integrantes do comitê, mas a decisão não foi unânime

Por Denise Luna (Broadcast) e Gabriel Vasconcelos (Broadcast)
Atualização:

RIO - O Comitê de Pessoas da Petrobras deu aval ao nome de Caio Paes de Andrade para comandar a estatal. Formado em Comunicação Social e sem experiência no setor de petróleo,o atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia ainda terá que passar pela avaliação do Conselho de Administração da empresa, que deve se reunir na próxima segunda-feira para debater o tema.

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O comitê responsável por analisar os currículos de indicados a cargo de chefia na Petrobras se reuniu no final da tarde e recomendou a nome de Paes de Andrade por maioria. Segundo fontes, o placar foi de 3 votos a favor e um contra.

Em fato relevante divulgado pela companhia, o comitê considerou que o executivo preenche os requisitos previstos na Lei das Estatais, ao decreto nº 8.945/16, que trata sobre o estatuto jurídico das empresas públicas e na Política de Indicação de Membros da Alta Administração da Petrobras.

A reunião do Conselho de Administração deve ser realizada na segunda-feira para dar tempo dos atuais membros do órgão analisarem o relatório preparado pelo comitê, que será divulgado no site da Petrobras em até sete dias úteis.

Caio Paes de Andrade é o atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia e foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro no fim de maio para assumir a presidência da estatal Foto: Serpro/ Divulgação

AAssociação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro), com apoio da Federação Única dos Petroleiros (Fup) e sindicatos filiados, jáanunciou que pretende entrar com ação na Justiça e uma reclamação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para tentar reverter a decisão de liberar o nome de Paes de Andrade.

O executivo irá substituir José Mauro Coelho no comando da estatal, que renunciou na última segunda-feira. A mudança na presidência, segundo fontes próximas ao assunto, é o primeiro passo para a troca de toda a diretoria da estatal, nomeando executivos mais alinhados com os planos do governo de segurar o preço dos combustíveis por um período mais longo, em uma tentativa de segurar a inflação em ano eleitoral.

Durante a semana, o Planalto pressionou para que o conselho se reunisse para votar ainda na noite de sexta-feira, horas depois da entrega do parecer do Celeg, o que não teve o apoio dos membros do Conselho. Uma fonte informou que argumento do Conselho de Administração da Petrobras, acolhido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), é de que a melhor estratégia seria dar todo o fim de semana para que os conselheiros da empresa analisem "com calma" o relatório do Celeg. Assim se evitaria possíveis críticas de que o processo foi apressado.

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