Apesar de não ser uma regra oficializada, desde a criação do FMI, pouco antes do fim da 2ª Guerra Mundial, em 1944, seu principal executivo é preferencialmente um europeu. A convenção ocorreu de um acordo informal entre os países da Europa e os Estados Unidos sobre as novas instituições internacionais criadas para mediar as relações econômicas entre os Estados. Nesse acordo, para os americanos, ficou a liderança do Banco Mundial (Bird).
Na definição de uma nova ordem política mundial pós-conflito, ficou estabelecido que ao FMI caberia o papel de manter a estabilidade econômica por meio do monitoramento das taxas de câmbio e dos balanços de pagamentos. Em caso de desequilíbrio em algum país, o Fundo seria responsável por ajudar no ajuste financeiramente. Já o Banco Mundial teria a incumbência de emprestar dinheiro aos países para incentivar o desenvolvimento e o investimento internacional.
A questão é que tudo isso foi definido lá atrás, há mais de meio século, quando a situação dos países era muito diferente da atual. O aumento da importância política e econômica das nações então consideradas periféricas já não permite que os assuntos internacionais sejam tratados sem a presença de todos. E, assim, as instituições internacionais, que antes eram majoritariamente norte-americanas ou europeias, poderão ganhar novas nacionalidades, como mexicanas, turcas, sul-africanas...