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Dilma: Lula demonstrou que não é igual a anteriores

Por Sandra Hahn
Atualização:

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem à noite que o governo Lula "está demonstrando que não é igual aos governos passados", durante discurso no comício da candidata à prefeitura da capital gaúcha Maria do Rosário (PT). "Nos governos passados, quando tinha uma crise fora do Brasil, quando tinha uma crise nos Estados Unidos ou na Europa, o Brasil entrava em processo falimentar", analisou. Para Dilma, naqueles momentos "o primeiro a falir era o governo". Na avaliação da ministra, o governo não tinha dinheiro "nem para pagar as contas", mas a situação atual é diferente, porque o governo Lula "deu respeito e auto-estima ao Brasil". Dilma citou as reservas internacionais de US$ 207 bilhões do Brasil para assegurar que "o governo do Brasil não vai falir" e está pronto para auxiliar "todos aqueles do setor produtivo que precisarem de crédito". Antes de discursar, a ministra afirmou, em rápida entrevista, que o governo está fazendo todo o esforço para melhorar as condições de crédito ao setor produtivo e adotará medidas "pontuais" nos segmentos em que forem detectados problemas em razão da crise financeira internacional. A orientação do presidente Lula, citou a ministra, é ofertar linhas especiais de crédito com participação significativa do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal em suas respectivas áreas, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dilma disse que o BNDES é um banco "anticíclico" e vai assumir uma pequena parte de financiamento em projetos de longo prazo em substituição a créditos eventualmente captados no exterior. Ela lembrou que o governo já ampliou a liberação do depósito compulsório dos bancos, antecipou R$ 5,5 bilhões para a agricultura e terá uma linha de financiamento para a construção civil. A linha poderá servir tanto a projetos de Sociedades de Propósito Específico (SPE) que queiram passar a outro controlador quanto a incorporações imobiliárias que estejam em andamento, descreveu a ministra. "O Brasil hoje, enquanto governo, é um governo sólido", declarou, ao chegar ao Largo Glênio Peres, no centro da cidade, onde foi realizado o comício. Em uma síntese do que falaria a seguir no discurso, Dilma disse que, no passado, "nos primeiros movimentos do mercado internacional o Brasil governo quebrava", mas "desta vez, o Brasil governo não quebrou".

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