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Opinião|Empresas brasileiras devem avançar para a modalidade de investimento ‘private equity’

Num mercado de capitais que cada vez mais se assemelha ao dos EUA, é para lá que as águas devem correr

Foto do author Fabio Giambiagi
Atualização:

Empresas são feitas e desfeitas o tempo todo. No caso mais simples, cria-se um CNPJ e toca-se a vida. No outro extremo estão as empresas cotadas na Bolsa. Porém, existe um terceiro grupo de firmas, que podemos agrupar no conjunto de private equity/venture capital (PE/VC).

Essas empresas são objeto de transações em que grupos de investidores fazem suas “apostas” para “alavancar” as startups que pareçam mais promissoras. Aquelas em estado mais embrionário serão consideradas VC. Há muitas. A maioria morrerá. De vez em quando, uma vai sobreviver e passará da “quarta divisão” do capitalismo para a “terceira”. Então ela se credenciará a virar alvo de fundos maiores de private equity.

Num mercado de capitais que cada vez mais se assemelha ao dos EUA, é para lá que as águas devem correr Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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No Brasil, esse é um mercado que está amadurecendo. Os números já começam a aparecer com mais relevância. Aos poucos, o número de jovens atraídos para o segmento aumenta. Essa é uma mão de obra sofisticada e promissora. É para aí que aponta o futuro do mercado de capitais.

Pensando nisso, com Arlete Nese organizei o livro Private Equity e Venture Capital no Brasil (Editora Lux), lançado neste ano, visando a atender o público daqueles que vieram a se interessar – e se formar – nessa modalidade promissora de um novo recurso humano no mercado financeiro.

Com capítulos escritos por alguns dos melhores “craques” do tema, o objetivo é colocar à disposição do público um material de qualidade para os futuros especialistas na matéria.

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No capítulo de abertura, A. Nese e A. Minardi sintetizam a análise: “Investimentos em private equity e venture capital implicam alocar recursos principalmente em empresas fechadas. São considerados ativos alternativos, pois, ao alocar capital nessa classe, o investidor corre o risco de liquidez e há menor transparência no investimento do que alternativas líquidas. O private equity aumenta o escopo de ativos em que um investidor pode alocar capital e diversificar seu patrimônio. São investimentos de longo prazo, que não estão sujeitos a oscilações de mercado de curto prazo e, por isso, têm uma correlação mais baixa com investimentos tradicionais. O private equity tem sido uma alternativa de investimento interessante para aumentar o retorno da carteira como um todo e o volume captado por ano por fundos de PE no mundo tem girado ao redor de US$ 1 trilhão desde 2017″.

Num país que evolua favoravelmente e aos poucos tenha um mercado de capitais que, com o passar dos anos, se assemelhe mais ao dos EUA, é para lá – o private equity – que as águas deveriam correr.

Opinião por Fabio Giambiagi

Economista, formado pela FEA/UFRJ, com mestrado no Instituto de Economia Industrial da UFRJ

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