O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ironizou o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), anunciado ontem pelo governo federal. "Foi lamentável o presente que o governo deu ao povo brasileiro no primeiro dia útil do novo ano, anunciando o aumento das alíquotas do IOF e da CSLL para instituições financeiras", disse, em nota divulgada nesta tarde. Na avaliação dele, a decisão foi "descabida e desnecessária", pois, mesmo com a derrubada da CPMF no Senado, haveria aumento de arrecadação neste ano na comparação com o volume de 2007, e o valor chegaria próximo dos R$ 600 bilhões. "Esses recursos são mais do que suficientes para atender a todas as demandas orçamentárias, incluindo os investimentos, programas sociais e até mesmo a Emenda 29 da Constituição, cuja regulamentação defendemos e que acrescentaria mais R$ 4 bilhões às verbas da saúde", analisou. Skaf disse ainda que o corte de gastos anunciado ontem pelo governo não incluirá programas já existentes, mas sim novas despesas que seriam criadas. "Para estes, como vimos, há recursos de sobra", frisou. O dirigente defendeu mais eficiência na gestão pública e melhoria dos serviços públicos, desburocratização, reformas estruturais e mais investimentos na saúde, educação e segurança.
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