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Funcionários da Eletrobrás mobilizam-se contra privatização da empresa no Rio de Janeiro

Encontro reuniu associações, políticos e funcionários da estatal no Clube de Engenharia, no Centro da cidade, mas não chegou a lotar o auditório da entidade

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

Mesmo antes da definição do modelo, a privatização da Eletrobrás já começa a mobilizar seus empregados, que se reuniram nesta quinta-feira, 21, pela primeira vez, no Rio de Janeiro, contra a venda dando continuidade a um movimento iniciado em Pernambuco pelos empregados da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), uma das subsidiárias da estatal.

Maior empresa de geração de energia elétrica brasileira, com quase um terço do total da capacidade instalada do País, a Eletrobrás tem cerca de 20 mil funcionários. Foto: Wilton Junior|Estadão

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Reunindo associações, políticos e funcionários da estatal no Clube de Engenharia, no Centro do Rio, o encontro não chegou a lotar o auditório da entidade por conta do horário - meio da tarde - mas teve por objetivo dar a partida no movimento contra a venda da empresa. No dia 3 de outubro, a manifestação será por todo o dia na porta da Eletrobrás.

Maior empresa de geração de energia elétrica brasileira, com quase um terço do total da capacidade instalada do País, a Eletrobrás tem cerca de 20 mil funcionários espalhados pelo Brasil e teve uma pequena parte da sua operação privatizada na década de 1990, na região Sul. Agora, o governo anunciou que pretende deixar de controlar a empresa e tende a fazer isso por meio da pulverização das ações na bolsa de valores.

++ Privatização da Eletrobrás pode aumentar conta de luz em mais de 10%

Para o ex-presidente da estatal e atual diretor de Relações Institucionais da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, presente no evento, a mobilização dos funcionários é fundamental para tentar evitar a privatização. "A perspectiva é a pior possível e não houve ineficiência de todo sistema que justifique uma privatização", afirmou. "Temos que esclarecer a população sobre o absurdo que está sendo cometido."

A Eletrobrás teve lucro de R$ 3,4 bilhões em 2016 e mantém o balanço positivo este ano. A empresa prevê investimentos de R$ 35,8 bilhões entre até 2021. Ao todo, são 16 subsidiárias sob o chapéu Eletrobrás. O processo de venda de algumas distribuidoras deficitárias já foi iniciado e a tendência é que ativos nucleares e a hidrelétrica Itaipu Binacional fiquem fora do negócio.

Estiveram também no evento representantes da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel); Sindicato dos Empregados das Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia); Sindicato dos Administradores do Estado do Rio de Janeiro (Sinaerj); Sindicato dos Engenhieros do Estado do Rio (Senge-RJ); e Sindicato dos Economistas do Rio de Janeiro (Sindecon); além da presidência do Clube de Engenharia.

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