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Fusões e aquisições podem ser recorde em 2008

Setor de bens de consumo, em especial alimentos e vestuário, deve ser destaque este ano

Por Beth Moreira e da Agência Estado
Atualização:

O coordenador da subcomissão de Fusões e Aquisições da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), François Legleye, afirmou nesta terça-feira, 25, que são grandes as chances de o ano de 2008 superar 2007 no que diz respeito ao volume de transações e valores de fusões e aquisições. "Isso considerando o que já está no forno", observou. Legleye explica que este ano começou aquecido porque muitas empresas que fizeram abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) em 2007 estão capitalizadas para irem ao mercado. Além disso, ele lembra que há muitos estrangeiros que querem entrar no País de forma acelerada, de olho tanto no crescimento da economia, quanto na expectativa de que o País alcance o grau de investimento. Na opinião do coordenador da Anbid, o setor de bens de consumo, em especial alimentos e vestuário, deve ser destaque este ano. Ele explica que essa expectativa está ligada à reestruturação desse setor que, atualmente, ainda é muito pulverizado. Legleye ressalta ainda que o crescimento imobiliário também deve contribuir para que o setor de construção civil participe ativamente das fusões e aquisições previstas para 2008. Além disso, os segmentos de mineração e metalurgia deve continuar apresentando um volume significativo de operações. Na avaliação de Legleye, uma possível restrição ao crédito, e mesmo a redução no número de IPOs, não reduzirá o apetite das empresas por fusões e aquisições. Ele entende que as empresas que quiserem ser atores importantes no mercado terão que buscar uma forma de se financiar e participar de maneira ativa da reestruturação do seu setor. "Ou a empresa se reestrutura para aproveitar o crescimento ou ela fica para trás".

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