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Gestores têm trajetórias semelhantes

Maioria estudou nas escolas mais disputadas do País e do exterior, além de ter ocupado posição de destaque no mercado financeiro

Foto do author Cristiane Barbieri
Por Cristiane Barbieri (Broadcast)

As histórias dos profissionais por trás das gestoras criadas nos últimos anos são mais ou menos parecidas. Foram educados nas mais disputadas escolas no País e no exterior e ocuparam posições de destaque na elite do mercado financeiro, muitos com passagens internacionais. Juntaram-se com amigos e levaram adiante a vontade de construir e ganhar dinheiro de verdade. A maior parte tem entre 40 e 50 anos. 

Mesmo com tanto em comum, os recursos sob suas mãos variam de poucas dezenas de milhões a muitas dezenas de bilhões de reais. Além do tempo de existência e da origem dos recursos da gestora, o que conta para entrar no time dos grandes, em tempos de pulverização dos investidores, é o histórico dos gestores e da rentabilidade. 

Adam Capital, de Marcio Appel, tem R$ 26,5 bilhões de ativos sob gestão Foto: Valeria Gonçalvez/AE

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Com seu primeiro fundo lançado em 2016, por exemplo, o Adam Capital tem 60 mil clientes e R$ 26,5 bilhões de ativos sob gestão. Motivo: desde que foi lançado, os fundos já renderam 146% do CDI, a taxa de referência do mercado. 

Além disso, os sócios Márcio Appel e André Salgado têm um histórico bem sucedido em suas vidas pregressas em bancos. Os dois trabalharam juntos no Santander, mas foi no Safra em que tiveram a oportunidade de montar um fundo de alta rentabilidade e maior risco, mesmo num ambiente de inflação alta. 

A estratégia de investimento foi baseada em tendências estruturais de longo prazo, com instrumentos financeiros montados de forma a reduzir as oscilações de curto prazo. Quando os dois saíram para criar a Adam, o fundo tinha perto de R$ 15 bilhões em ativos. 

“Era uma história razoavelmente única e não íamos inventar moda, mas fazer a mesma coisa, só que de maneira independente”, diz Salgado, de 45 anos. “Tínhamos o reconhecimento do mercado como geradores de resultados, o conforto de patrimônio pessoal para tomar risco e a mudança na forma de distribuição de fundos independentes no Brasil.”

Apesar de parecer um caminho óbvio a ser trilhado para quem está em transição para essa nova forma de trabalho, não se trata de decisão simples. “Sempre me perguntam se vale a pena trocar uma carreira por algo incerto que é empreender”, afirma Salgado. “Se a pessoa tem a capacidade de gerar valor para seu cliente, tanto o banco quanto o mercado vão querê-la. Sempre fui feliz na carreira bancária, mas hoje consigo me dedicar só ao essencial.”

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