PUBLICIDADE

Publicidade

Grupo de Donald Trump é investigado na Operação Greenfield

Segundo o MPF, grupo do candidato à presidência dos EUA foi beneficiado por aportes em hotel de luxo no Rio; investigação apura supostos investimentos criminosos envolvendo entidades de previdência

BRASÍLIA - O Ministério Público Federal (MPF) confirmou nesta sexta-feira, 28, que o grupo The Trump Organization, do empresário e candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, é alvo de investigação no âmbito da Operação Greenfield. Segundo a assessoria do MPF, o grupo está sendo investigado para apurar supostos investimentos criminosos que envolveriam o FI-FGTS e entidades de previdência.

Fundo de investimento aportou recursos na Trump Towers Rio Foto: Reuters

PUBLICIDADE

A Operação Greenfield foi deflagrada em 5 de setembro, atingindo os quatro maiores fundos de pensão estatais brasileiros - Petros (Petrobrás), Funcef (Caixa), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). Autorizada pela Justiça do Distrito Federal, a operação bloqueou R$ 8 bilhões dos investigados, entre eles ex-dirigentes de empreiteiras, como OAS e Engevix, ex-administradores dos fundos e proprietários de grandes empresas.

"A respeito do grupo econômico The Trump Organization, verificamos que este também foi beneficiado por meio de investimento do FI-FGTS no Fundo de Investimento Imobiliário (FII) PM (Porto Maravilha), que foi veículo de investimento para aporte de recursos na Trump Towers Rio, e que favoreceu, de forma suspeita, o grupo econômico The Trump Organization", diz o procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes.

O procurador destacou que, quanto à atuação do FI-FGTS no Porto Maravilha, já existe uma ação penal em curso perante a 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, que tem como acusados o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Em nota enviada pela assessoria, o MPF esclarece "que a existência de investigação não significa a antecipação de culpa dos possíveis envolvidos e nem indica posição final da instituição a respeito de eventual ilicitude dos fatos apurados".