A inflação medida pelo IGP-10 acelerou em setembro e subiu 1,12% este mês, após avançar 0,46% em agosto, segundo informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 17. O resultado anunciado hoje ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam uma taxa entre 1,10% e 1,33%, e abaixo da mediana das expectativas (1,20%).
Até setembro, o índice acumula altas de 7,27% no ano e de 7,38% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 desse mês foi do dia 11 de agosto a 10 de setembro.
No caso dos três indicadores que compõem ao IGP-10 de setembro, o IPA-10 teve alta de 1,63% este mês, após subir 0,75% em agosto.
Entre os produtos pesquisados para cálculo do índice no atacado, que representa 60% do total do indicador, houve desacelerações nas taxas de inflação de minério de ferro (de 13,72% para 5,35%) e em soja em grão (de 9,48% para 6,60%) de agosto para setembro. No entanto, os dois produtos foram respectivamente a primeira e a segunda maior influência individual, respectivamente, no cálculo do indicador.
Já as mais expressivas quedas de preço no atacado foram verificadas em leite in natura (-3,27%); feijão em grão (-7,71%); e batata-inglesa (-15,80%).
Varejo
Por sua vez, o IPC-10 apresentou alta de 0,11% em setembro, em comparação com a queda de 0,31% no mês passado.
Entre os produtos pesquisados no varejo, as altas de preço mais expressivas foram registradas em banana prata (11,33%); taxa de água e esgoto residencial (1,04%); e carne moída (3,70%). Já as mais significativas quedas foram apuradas nos preços de cebola (-33,98%); batata-inglesa (-17,78%); e mamão da Amazônia - papaya (-14,40%).
Construção
Já o INCC-10 teve taxa positiva de 0,13% em setembro, em comparação com o aumento de 0,35% em agosto.
Entre os produtos pesquisados na construção civil, as altas de preço mais expressivas foram registradas em tijolo/telha cerâmica (1,43%); condutores elétricos (3,60%); e elevador (0,64%). Já as mais significativas quedas foram apuradas nos preços de vergalhões e arames de aço ao carbono ( -0,75%); tinta a base de PVA (-2,37%); e tubos e conexões de ferro e aço (-0,40%).