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José Márcio Camargo é homenageado por contribuições em políticas públicas de transferência de renda

A homenagem faz parte das comemorações dos 25 anos da revista de negócios colombiana Latin Trade

Por Vinicius Neder
Atualização:

RIO - Por suas contribuições na formulação das políticas públicas de transferência de renda condicionada, como é o programa Bolsa Família, o economista José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio, foi escolhido pela revista de negócios colombiana Latin Trade como um dos 25 latino-americanos que transformaram o continente nos últimos 25 anos. A homenagem faz parte das comemorações dos 25 anos da revista e será marcada por um jantar de gala com os escolhidos, em Miami, nos Estados Unidos, em setembro. 

Ao justificar a escolha de Camargo, o conselho editorial da revista destacou que os artigos do economista deram as bases para a criação de programas de transferência de renda condicionada não só no Brasil, mas também no México (com o Progresa, criado em 1997) e na Colômbia (com o Familias em Acción, de 1999). Segundo a Latin Trade, esses programas tiraram milhões de pessoas da pobreza.

Camargo propôs políticas de transferência de renda na virada da década de 1980 para 1990 Foto: TV Estadão

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Camargo propôs as políticas de transferência de renda condicionada na virada da década de 1980 para 1990. As primeiras experiências práticas são de 1994 e 1995, na Prefeitura de Campinas, na gestão de José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB), e no Distrito Federal, na gestão de Cristóvam Buarque (então no PT). 

No governo Fernando Henrique Cardoso, começaria a primeira experiência federal, com o Bolsa-Escola, que seria depois unificado no Bolsa Família, no primeiro governo Lula.

Ao Estado, Camargo explicou que a lógica dos programas é dar incentivos econômicos para as famílias pobres tomarem a decisão de investir na educação. Um dos principais motivos pelos quais essas crianças não estudam é porque a renda que conseguem trabalhando faz diferença no orçamento familiar. “A condicionalidade é muito importante. Como acho que educação é fundamental para tirar, de forma estrutural, as pessoas da pobreza, eu preferiria que a condicionalidade para a educação fosse mais dura do que acabou acontecendo”, diz Camargo.

Formado na UFMG, com doutorado no MIT, Camargo foi fundador da consultoria Tendências e hoje é economista-chefe da Genial Investimentos.

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