O ministro da Fazenda, Guido Mantega, volta nesta terça-feira, 28, ao Congresso para apresentar explicações sobre o processo de edição da Medida Provisória (MP) 443, que autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a adquirirem participação em instituições financeiras - inclusive o controle delas - e irritou os parlamentares oposicionistas e alguns governistas. Veja também: Lições de 29 A crise de 29 na memória de José Mindlin Veja o que muda com a Medida Provisória 443 Veja as semelhanças entre a MP 443 e o pacote britânico Consultor responde a dúvidas sobre crise Como o mundo reage à crise Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira Dicionário da crise A causa da irritação foi o fato de Mantega e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, terem passado mais de seis horas no Congresso, no dia 21 deste mês, falando sobre medidas de combate aos efeitos da crise financeira internacional sem informar que a MP 443 seria editada no dia seguinte. Mantega, de acordo com a agenda oficial divulgada por sua Assessoria de Imprensa, chega à Câmara às 14h30 e ao Senado às 15h30, mas, antes, às 11 horas, vai ao Centro de Eventos e Convenções Brasília 21, onde participa do 3º Encontro Nacional da Indústria (Enai), promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na Câmara, Mantega será recebido pelo presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), no plenário Ulysses Guimarães. Depois, conversa com o presidente do Senado, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), no gabinete da Presidência. Um encontro com líderes partidários na Câmara e no Senado que estava previsto na semana passada não consta da agenda divulgada pela assessoria de Mantega. A Executiva Nacional do PSDB se reúne, nesta tarde, para definir a posição que adotará sobre a Medida Provisória nº 443. Pela manhã, também para discutir a medida, a bancada do partido na Câmara se reúne.