O candidato do Partido Republicano à Presidência dos EUA, John McCain, deve discursar na terça-feira para defender a necessidade de poupar energia e a derrubada do veto à exploração de petróleo e gás natural como formas de ajudar o país a enfrentar sua "perigosa" dependência dos combustíveis importados. McCain, um senador pelo Estado do Arizona que conquistou a vaga de seu partido no pleito nacional de novembro, fez da autonomia do setor energético e do combate às mudanças climáticas elementos centrais de sua campanha pela Casa Branca. Os preços cada vez mais altos do petróleo e da gasolina colocaram a questão energética no centro da disputa entre McCain e o democrata Barack Obama para suceder o presidente George W. Bush. Na terça-feira, em um discurso cujo texto foi divulgado com antecedência, o republicano deve dizer que o preço dos combustíveis continuará a subir. "Vários ministros do petróleo e empresas de investimento nos informaram, em caráter confidencial, que logo pagaremos 200 dólares o barril e até 7 dólares o galão (3,78 litros) de gasolina", deve afirmar o candidato. Diminuir o consumo de energia --uma estratégia adotada pelos europeus na luta contra o aquecimento global-- seria algo fundamental para os EUA, deve dizer McCain. "Diante das mudanças climáticas e de outros grandes desafios, poupar energia deixou de ser apenas um luxo moral ou uma virtude pessoal", deve afirmar. "Poupar energia serve a uma meta nacional crítica." No discurso, McCain descreve a segurança energética dos EUA como uma "situação perigosa" e defende uma reforma nas leis e regulamentações que regem o mercado de futuros do petróleo a fim de tornar essas regras mais eficientes. O republicano diz ainda que os EUA possuem 21 bilhões de barris em reservas conhecidas de petróleo que não estão sendo explorados por causa de uma moratória federal sobre a prospecção e a produção. "Eu acredito ter chegado a hora de o governo federal levantar essas restrições e começar a usar nossas próprias reservas", afirma McCain no texto do discurso. "Podemos fazer isso de forma consistente com os padrões sensatos de proteção ao meio ambiente."