BRASÍLIA - Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a Selic, a taxa básica de juros, no fim de 2019. A mediana das previsões passou de 4,75% para 4,5% ao ano, de acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 21. A estimativa para a Selic no fim de 2020 seguiu em 4,75% ao ano. Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,5 ponto porcentual, de 6% para 5,5% ao ano. Foi o segundo corte consecutivo da taxa básica. No comunicado sobre a decisão, o BC avaliou que o cenário externo, apesar de incerto, está favorável para países emergentes.
Além disso, reconheceu avanços nas reformas econômicas e divulgou projeções comportadas de inflação para 2019 e 2020. Nesse contexto, a instituição também indicou que pode promover novos cortes na Selic. O Copom se reúne novamente nos dias 29 e 30 de outubro.
A expectativa de crescimento da economia este ano passou de 0,87% para 0,88%. Para 2020, o mercado ainda mantém a previsão de alta do
em 2%. Para o Banco Central, a economia brasileira deve ter avanço de 0,9% este ano.
Inflação em baixa
A projeção para o
, o índice oficial de inflação, também foram revistas para baixo: neste ano, passou de alta de 3,28% para 3,26%; em 2020, saiu de 3,73% para 3,66%.
A estimativa está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, com margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, também com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%).
Há duas semanas, o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
informou que o IPCA de setembro apresentou deflação de 0,04%. No ano até setembro, a taxa acumulada é positiva em 2,63%. Em setembro, o Copom atualizou sua projeção para o IPCA em 2019, para 3,3%, e em 2020, para 3,6%.