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Conta de luz deve ter bandeira verde até maio de 2025, estima consultoria

Reservatórios das hidrelétricas estão em níveis considerados confortáveis

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Foto do author Ludmylla Rocha
A consultoria calcula que os reservatórios hidrelétricos vão chegar ao fim de junho com 78% de armazenamento Foto: Caio Coronel/Itaipu - 01/11/2023

A consultoria Thymos Energia estima que a conta de energia elétrica continue sem cobrança extra, via bandeira tarifária, pelo menos até maio de 2025, a depender das chuvas no próximo período úmido. As faturas têm vindo sem este acréscimo, ou seja, com a bandeira verde, desde abril de 2022.

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“Por enquanto, está tudo sob controle em termos de bandeira tarifária. Não há expectativa de sair nem da amarela, quem dirá indo para as faixas vermelhas”, afirmou a responsável pela área de Preços e Estudos de Mercado da empresa, Mayra Guimarães.

A consultoria calcula que os reservatórios hidrelétricos vão chegar ao fim de junho - quando termina o outono - com 78% de armazenamento. A projeção indica redução de 8,8 pontos porcentuais em relação ao índice verificado no mesmo período do ano passado, quando o nível atingiu 86,8%.

Ainda assim, é considerado confortável pela especialista. “O [armazenamento no] ano de 2024 está acima de quase todos, com exceção do ano passado, que foi muito bom, fora da curva, se a gente comparar o histórico recente”, afirmou.

Na previsão por submercado, a expectativa é de 71,5% para o Sudeste/Centro-Oeste, considerado a caixa d’água do País por responder pela maior parte da capacidade de armazenamento nacional. No Sul, a Energia Armazenada (EAR) deve ser de 100% ao fim de junho. No Nordeste, deve ficar em 71,6% e, no Norte, em 97,9%.

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Mercado livre

Já o Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), utilizado como referência no mercado livre de energia, deve deixar o piso regulatório, de R$ 61,07 por megawatt-hora (MWh) apenas no mês de dezembro, segundo as projeções da Thymos.

Segundo Guimarães, a média mensal do indicador pode subir para R$130/MWh ou R$ 145/MWh a depender do cenário. Ela reconhece, porém, que considerando o preço horário, a alta pode ser observada antes deste prazo.

“Pode ser que a gente tenha, ao longo do ano, um ou outro dia com o PLD saindo do piso. Principalmente por conta da fonte solar. Sempre que a solar sai no final do dia, dependendo do nível de consumo à noite, as hidráulicas podem não conseguir atender sozinhas. E aí o ONS precisa despachar alguma térmica”, afirmou ela ao Broadcast, em referência ao Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Já sobre a média mensal, a alteração deve ocorrer por conta das chuvas sobre os reservatórios das usinas hidrelétricas. Para a especialista, neste período, o sistema ainda está lidando com os efeitos do fim do período seco e início do úmido, o que gera “sempre algum spike (pico) ali em dezembro e janeiro”, modo como é chamado um movimento de preços relevante para cima ou para baixo em um curto período de tempo.


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 20/05/24, às 16h23

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