Mercados: energia e Argentina mantêm atenções

Passado o discurso do ex-senador Antônio Carlos Magalhães, que não trouxe fatos novos, o mercado financeiro concentra suas atenções na crise de falta de energia no Brasil e nas incertezas em relação à Argentina.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O discurso de renúncia do ex-senador Antônio Carlos Magalhães encerrou um dos focos de instabilidade para o mercado financeiro. Sem trazer fatos novos, o discurso não provocou instabilidade. Hoje, na abertura dos negócios, os investidores voltaram a concentrar suas atenções para o problema de falta de energia no Brasil e incertezas em relação à crise argentina. O dólar comercial abriu cotado a R$ 2,3450 na ponta de venda dos negócios, mas já ensaia um novo movimento de alta. Há pouco, a moeda norte-americana era vendida a R$ 2,3530 - alta de 0,43% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com alta de 1,44%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 22,300% ao ano, frente a 22,140% ao ano ontem. No início do dia, o Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Pelo relatório, com exportações menores que importações, o volume de dólares no País diminuiu, o que provocou uma pressão de alta sobre as cotações da moeda norte-americana. Além disso, com as incertezas em relação ao cenário externo e interno - crises argentina e de energia -, os investidores aumentam a procura por dólares, como forma de segurança (hedge). Isso contribui ainda mais para uma elevação das cotações. Analistas consideram que, sem uma solução rápida para essas questões, a tendência é de que o dólar continue em patamares elevados. Veja mais informações nos links abaixo. Argentina Até amanhã, as instituições financeiras devem fazer suas ofertas para a troca (swap) de títulos da dívida de curto prazo da Argentina por papéis com vencimento mais longo. Os valores finais da operação - volume e taxa de juros dos novos papéis, especialmente - serão divulgados na segunda-feira. De acordo com apuração da correspondente Marina Guimarães, os analistas consideram que o swap trará um alívio para o país no curto prazo, mas não resolve os problemas de falta de crescimento e desequilíbrio nas contas públicas. Há um receio de que a operação não alcance US$ 20 bilhões e que as taxas de juros sejam muito altas, 15%. O mercado financeiro começa a incorporar um pessimismo com o período que virá após a troca. Estados Unidos No início da manhã foi divulgado o número de pedidos de auxílio-desemprego dos norte-americanos. Pela primeira vez cresceu em 8 mil na semana que terminou em 26 de maio, informou o Departamento do Trabalho. A variação contrariou as estimativas dos analistas, que esperavam queda de 5 mil nos pedidos. Apesar de o número sinalizar um desaquecimento mais forte da economia, as bolsas norte-americanas operam em alta. O Dow Jones - índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - registra alta de 0,43%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - opera com alta de 1,47%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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