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Mercados estáveis com notícias divergentes

O governo argentino recebeu US$ 5 bilhões do Banco Mundial e BID como garantia para renegociar dívida externa. Mas os ataques bioterroristas derrubaram as bolsas dos EUA. O dólar comercial para venda subiu para R$ 2,7230, os juros do DI a termo de um ano caíram para 22,830% ao ano e a Bovespa subiu 0,12%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O noticiário internacional trouxe boas notícias da Argentina e más notícias dos Estados Unidos. A reação dos mercados foi neutra, com poucas variações nas cotações. Ainda hoje o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciará sua decisão sobre a Selic, a taxa básica referencial de juros da economia. A Argentina recebeu US$ 5 bilhões como garantia para renegociação da dívida externa do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Somam-se esses recursos aos US$ 3 bilhões liberados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em agosto. O risco país da Argentina caiu para 1684 pontos, e espera-se que o pacote de ajuste fiscal, incluindo a renegociação da dívida das províncias e da dívida interna, que pode chegar a US$ 15 bilhões, saia nos próximos dias. Analistas ressaltam que as perspectivas de longo prazo do país, porém, continuam ruins, apesar da maior estabilidade atual. Reflexo disso são as altas taxas de juros, apesar das quedas dos últimos dias. O mercado vem interpretando atitudes do governo argentino como sendo sinais de dolarização. Fala-se em reduzir as barreiras para a aceitação da moeda norte-americana para o pagamento de salários e impostos, entre outros. Nos Estados Unidos, os ataques bioterroristas seguidos chegaram hoje ao Senado dos Estados Unidos, preocupando muito os investidores, com correspondente queda nas bolsas do país. Cresce a preocupação com a proliferação de ataques terroristas e de que a guerra na Ásia saia do controle. Copom deve manter Selic em 19% Os analistas ouvidos pela Agência Estado consideram que qualquer decisão diferente da manutenção da Selic em 19% ao ano será uma surpresa. As incertezas do cenário internacional inviabilizam uma queda da taxa. Por outro lado, a inflação está sob controle e o dólar também tem se mantido estável; nos últimos dias, mesmo sem intervenções do Banco Central (BC). Assim, seria desnecessária uma elevação da taxa, mesmo porque causaria uma desaceleração indesejável da economia. Além disso, juros mais altos elevariam as despesas do governo, outro efeito a se evitar. Fechamento dos mercados O dólar comercial para venda fechou em R$ 2,7230, com alta de 0,29%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 22,830% ao ano, frente a 22,960% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,12%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em alta de 3,48%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 1,61%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 4,40%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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