Os principais índices do exterior fecharam sem sentido único nesta terça-feira, 27, à espera da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a política monetária dos Estados Unidos. Enquanto isso, os investidores realizam lucros e também seguem atentos à divulgação dos balanços das principais companhias do mundo.
Analistas consultados pelo Estadão/Broadcast estimam que a autoridade monetária americana deve manter a sua taxa de juros entre 0% e 0,25%, bem como a sua perspectiva cautelosamente otimista para a economia dos EUA, afastando a possibilidade de aperto monetário.
Já na temporada de balanços, investidores aguardam ansiosamente pelos balanços do primeiro trimestre de Microsoft, Visa e Alphabet, empresa controladora do Google.
Nesta madrugada, o BC japonês, conhecido como BoJ, deixou sua política monetária inalterada, mas reiterou a disposição de adotar medidas adicionais, se necessário. Já seu presidente, Haruhiko Kuroda, avaliou que a meta de inflação de 2% do BoJ ainda é viável, embora as projeções para os próximos anos sejam de preços fracos.
Bolsas de Nova York
Em Nova York, de olho na decisão do Fed e à espera de balanços importantes, os índices fecharam em queda. O Dow Jones fechou estável, enquanto S&P 500 e Nasdaq caíram 0,02% e 0,34% cada.
A expectativa também pressionou os títulos do Tesouro americano. O rendimento do papel com vencimento em dez anos subiu 1,620%, enquanto o de trinta anos teve alta de 2,294%.
Bolsas da Europa
O índice pan-europeu Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, fechou em queda de 0,08%, enquanto a Bolsa de Londres recuou 0,26%, a de Paris teve queda modesta de 0,03% e a de Frankfurt recuou 0,31%. Os índices de Milão e Lisboa recuaram 0,17% e 0,16%. Já Madri foi na contramão e subiu 0,63%.
Bolsas da Ásia
A Bolsa de Tóquio caiu 0,46%, enquanto a de Seul cedeu 0,07% e a de Hong Kong recuou 0,04%. Na contramão, os índices chineses de Xangai e Shenzhen subiram 0,04% e 0,03%. A Bolsa de Taiwan também ganhou 0,13%.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no vermelho e caiu 0,17%, pressionada por ações de tecnologia e saúde.
Petróleo
O petróleo fechou em alta nesta terça-feira após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, grupo conhecido como Opep+, reafirmar o acordo para conter a oferta da commodity. Ainda assim, as preocupações com a escalada da pandemia de covid-19 em países como a Índia permanecem como pano de fundo. O barril do WTI para junho avançou 1,66%, a US$ 62,94. Já o Brent para julho, que agora é o contrato mais líquido, subiu 1,29%, a US$ 65,87 o barril. /MAIARA SANTIAGO, GABRIEL CALDEIRA E IANDER PORCELLA