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Mercados: pouca oferta faz dólar oscilar

A falta de dólares no mercado foi o principal motivo para a oscilação do dólar durante o dia. A moeda fechou com baixa de 0,08%. Segundo analistas, qualquer movimento de compra mais expressivo faz com que as cotações subam rapidamente.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os motivos para a cautela por parte dos investidores continuam fortes - incertezas em relação às conseqüências do racionamento de energia para a economia brasileira, a viabilização da volta do crescimento econômico para a Argentina e as eleições presidenciais em 2002. Hoje, sem fatos novo, o mercado financeiro trabalhou atento a essas questões, mas sem registrar fortes oscilações. Para o mercado de câmbio, esse cenário foi um pouco diferente, já que as cotações oscilaram entre o patamar mínimo de R$ 2,3680 e a máxima de R$ 2,3930, encerrando o dia a R$ 2,3880 na ponta de venda dos negócios - queda de 0,08% em relação aos últimos negócios de ontem. De acordo com analistas, a falta de liquidez no mercado é o principal motivo para essa oscilação. Isso porque, com um baixo volume de dólares no mercado interno, qualquer operação de compra de moeda norte-americana mais expressiva por parte de empresas, bancos e grandes investidores provoca uma puxada de alta nas cotações. Segundo apurou a editora Cristina Canas, em junho, há um expressivo volume de dívidas de empresas vencendo no exterior - entre US$ 2 e 2,4 bilhões. Com as incertezas do mercado que podem provocar uma alta até mais forte do dólar, essas empresas antecipam a compra de moeda norte-americana como forma de segurança (hedge), o que contribui para a alta das cotações. Além disso, devido ao problema do racionamento de energia, os analistas esperam uma redução no fluxo de investimentos diretos. Em 2000, esse volume ficou em torno de US$ 30 bilhões. No início desse ano, a estimativa era de US$ 26 bilhões, mas com o problema de energia caiu para US$ 17 bilhões devido à perspectiva de desaquecimento econômico para o País. Esse fator, aliado à diminuição das exportações brasileiras, reduz ainda mais o volume de dólares no mercado, contribuindo para a alta das cotações. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os negócios fecharam com queda de 0,43%. Apesar de ser a primeira baixa no mês de junho, o resultado não desanimou os analistas. Eles consideram que, sem novos fatos negativos, a Bolsa deve continuar com tendência de alta nos próximos dias. No acumulado do mês, o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bovespa - está em alta de 4,63%. O mercado de juros continua ajustando suas taxas. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 20,650% ao ano, frente a 21,400% ao ano ontem. O Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se nos dias 19 e 20 de junho para reavaliar a taxa básica de juros (Selic), que está em 16,75% ao ano. Os analistas dividem as apostas entre uma manutenção dos juros ou alta de 0,5 ponto porcentual. Mercados internacionais O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em queda de 0,84%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 0,94%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 0,71%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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