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Dólar fecha por volta de R$ 4,83, na sétima queda consecutiva; Bolsa encerra em alta

Moeda americana fechou em baixa de 0,25%, levando as perdas acumuladas em março a 6,28%; Ibovespa rompeu a marca dos 119 mil pontos 

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Por Redação
Atualização:

Apesar de certa instabilidade e troca de sinais ao longo da sessão, o dólar à vista caiu pelo sétimo pregão consecutivo nesta quinta-feira, 24, dia marcado por relatos de fluxos estrangeiros para ativos domésticos e por nova rodada de valorização de divisas emergentes e de países exportadores de commodities ante a moeda americana. 

Pela manhã, o dólar chegou até a romper o piso de R$ 4,80 e tocou no patamar de R$ 4,76, ao registrar mínima a R$ 4,7650 (-1,63%). Em meio a ajustes e movimentos de realização de lucros, a divisa operou pontualmente em terreno positivo no início da tarde, tendo alcançado máxima a R$ 4,8575 (+0,27%). Logo em seguida, contudo, voltou a cair e, após passar o restante do pregão orbitando R$ 4,82, o dólar à vista fechou a R$ 4,8320, em baixa de 0,25% - o que levou as perdas acumuladas em março a 6,28%. 

B3, a Bolsa de valores de São Paulo;Ibovespa chegou a ultrapassar os 119 mil pontos, na melhor marca no dia. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

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O ritmo de apreciação do real teria sido limitado pela queda das cotações do petróleo, com o barril tipo brent abaixo de US$ 120. Houve também a sinalização do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em apresentação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), de que o ciclo de aperto monetário provavelmente se encerrará em maio, com alta da taxa Selic em 1 ponto porcentual, para 12,75% ao ano.

Em boa parte da sessão mostrando avanço superior ao das referências de Nova York, o Ibovespa rompeu a marca dos 119 mil pontos na máxima do dia, nível recuperado também no fechamento. Ao fim, efetivou a quinta renovação consecutiva de máxima de fechamento do ano e estendeu a série positiva pela sétima sessão. 

O Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,36%, a 119.052,91 pontos, maior nível desde 19 de setembro, então aos 119.395,60 pontos. Na semana o Ibovespa acumula alta de 3,25% - no mês, sobe 5,22% e, no ano, 13,58%.

O fluxo externo, que aprecia o câmbio e impulsiona o Ibovespa, decorre da explosão de commodities como o petróleo, que nivela as ações de Petrobras ao desempenho do índice no ano, bem como do minério de ferro, com preços em recente recuperação na China, que aproxima de 30% o avanço acumulado por Vale ON em 2022. A falta de resolução para o conflito iniciado em 24 de fevereiro no Leste Europeu mantém a pressão, especialmente sobre o barril do petróleo, em correção moderada nesta quinta-feira, com o Brent ainda perto de US$ 120. 

Bolsas de Nova York 

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As Bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quinta-feira, tendo recuperado parte das perdas da sessão anterior. O avanço das ações de tecnologia se destacou, enquanto investidores digerem uma nova rodada de sanções contra a Rússia e avaliam posicionamento de dirigentes do Federal Reserve (Fed). Indicadores dos Estados Unidos, por sua vez, deram sinais mistos.

O Dow Jones subiu 1,02%, a 34.707,94 pontos, o S&P 500 avançou 1,43%, a 4.520,16 pontos, e o Nasdaq teve alta de 1,93%, a 14.191,84 pontos.

Petróleo 

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda de 2% nesta quinta-feira, enquanto investidores acompanham notícias sobre a guerra na Ucrânia. As esperadas sanções pela União Europeia contra o petróleo e o gás russo não se concretizaram até o momento. As negociações sobre acordo nuclear do Irã também seguem no radar.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para maio caiu 2,25%, a US$ 112,34, enquanto o do Brent para o mesmo mês cedeu 2,08%, a US$ 115,30, na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 121,60. / COLABORARAM ANTONIO PEREZ, LUÍS EDUARDO LEAL E ILANA CARDIAL 

*Com informações da Dow Jones Newswires. 

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