PUBLICIDADE

Publicidade

Luísa Sonza apresentará live para vender ‘blusinhas’ da sua nova parceria com a Shein

Cantora fez parceria com o e-commerce chinês e vai ajudar a comercializar peças criadas em conjunto em transmissão ao vivo

Foto do author Wesley Gonsalves
Atualização:

Luísa Sonza terá um papel fundamental para vender sua nova coleção de roupas em parceria com a varejista de moda Shein. A cantora ficará responsável por apresentar a parceria com a marca e vender os “lookinhos” e as “blusinhas” (como são carinhosamente chamadas as compras online) criados com a gigante chinesa do e-commerce que também serão utilizados em sua nova turnê musical pelo País.

PUBLICIDADE

A ação faz parte do projeto da Shein com foco no live commerce, que realiza semanalmente transmissões ao vivo com ofertas para o público brasileiro no aplicativo da companhia. A primeira fase do projeto será lançada nesta segunda-feira, 26, com a veiculação do comercial estrelado pela cantora. Em seguida, além da coleção desenhada em parceria com Luísa, a artista também fará a apresentação da transmissão ao vivo no aplicativo da Shein programada para o dia 9 de setembro.

Segundo a companhia, essa é a maior campanha publicitária do negócio desde que a Shein desembarcou no País, tanto em termos de investimentos quanto em relação à veiculação. No entanto, a companhia não divulgou os valores do investimento publicitário do novo projeto. Essa também será a terceira movimentação em cadeia nacional feita pela varejista de moda desde sua nacionalização de parte da produção.

A cantora Luísa Sonza vai estrelar a nova campanha da Shein sobre o lançamento da sua coleção em parceria com a gigante do e-commerce Foto: Divulgação Shein

A diretora de marketing da Shein no Brasil, Raquel Arruda, conta que a escolha da cantora como garota propaganda da ferramenta se deu através da análise de dados dos usuários ativos da plataforma e também do histórico da própria Luísa Sonza com a moda. “Porque a Luísa? Somos uma plataforma 100% digital e atendemos uma geração z que é muito preocupada com diversidade. Começamos a pesquisar quais nomes se conectam com esse público e olhando o histórico dela, a Luísa se encaixa nessa nossa estratégia”, afirma.

Ao todo, a coleção da Shein com Luísa Sonza terá 112 peças, que figuram dos tamanhos do “PP” ao XG5, diz a executiva da marca. “Queremos trazer diversidade de corpos para as nossas clientes”, afirma Raquel, que complementa: “Já que a questão de tamanhos é uma premissa da companhia, porque queremos abraçar todos os corpos, isso é a beleza da moda acessível.”

O projeto de live commerce foi idealizado pela Shein em 2017 e lançado primeiro nos Estados Unidos e chegou ao Brasil em 2021. Segundo a empresa, atualmente, o negócio tem aproximadamente 45 milhões de usuários únicos no País, desse montante, cerca de 200 mil clientes do negócio costumam acessar simultaneamente as transmissões ao vivo de ofertas no aplicativo de Shein, realizadas duas vezes por semana. “O live streaming é uma ferramenta de negócios muito importante para o nosso negócio”, diz Raquel.

A executiva de marketing da Shein conta que apesar do projeto criativo da nova campanha ser realizado pela equipe “in house” - como são chamadas os braços de operação de marketing e propaganda interno das companhias -, a ação também contou com a execução de parceiros como a agência de influência Mynd e uma produtora do grupo britânico WPP no País. “Mas toda a parte de movimento criativo e da ideia acontecem em casa”, diz a executiva.

Publicidade

‘Live commerce’

Apesar de ter ganhado força no Brasil durante a pandemia de covid-19, na China, o live commerce já era uma ferramenta de negócios estabelecida e relevante para as varejistas. Em um tom de “reality show”, em que os clientes podem interagir com os produtos, as gigantes do varejo usam sua base de clientes para vender e também analisar o comportamento de consumo do público.

Na avaliação do professor de marketing da ESPM, Ivan Martinho, a força dessa ferramenta de vendas está ligada ao fato de transformar as redes sociais em mais um canal de vendas, que potencializa os negócios ao se conectar com o público de maneira online. “Do ponto de vista do varejista, live commerce deve ser visto como mais um canal de vendas, assim como o e-commerce, social commerce e os pontos de venda físicos. A diferença está na função promocional, no potencial de viralização, já que é uma novidade para o consumidor, e na possibilidade de transformar famosos em vendedores”, enfatiza.

A cantora desenvolveu uma linha de roupas com 112 unidades que será comercializada pela Shein em seu e-commerce Foto: Divulgação Shein

Entre os apelos das transmissões ao vivo feitas pelas plataformas está o foco nos descontos. A exemplo da Shein, durante as ativações com a cantora Luísa Sonza, a varejista promete promover produtos com até 85% de descontos, além de outras benesses como cupons e frete grátis.

Mesmo fora das plataformas de gigantes como Shein, Shopee, AliExpress e Mercado Livre, por aqui, as transmissões também ganharam fôlego para os pequenos negócios que utilizam as redes sociais para vender os seus produtos. No TikTok, vendedores utilizam o sistema de live da rede social para conseguir angariar público consumidor tanto para os negócios físicos, quanto para as vendas online.

Na avaliação do CEO do Grupo Croma, Edmar Bulla, o foco das companhias no live marketing/live commerce é uma forma de humanizar o processo de consumo através da conexão. “O contexto pandêmico contribuiu para acelerar essa adaptação e facilitar o processo. Sem dúvida, essa tendência deve se consolidar de maneira ainda mais intensa nos próximos anos. É importante destacar que esse movimento já está sendo mapeado numa macrotendência, e capturamos duas tendências específicas (dentro dessa macro) que justificam o florescimento do live commerce”, diz Bulla.

Segundo ele, o live commerce facilita essa humanização ao criar mecanismos de interação em tempo real e produzir conteúdos relevantes com a ajuda de influenciadores — outra tendência significativa que temos mapeado, que inclui a consolidação de influenciadores e até mesmo de avatares.”

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.