Criatividade dos invasores exige atenção

Monitoramento estima que ocorram 40 tentativas de ataque hacker por segundo na América Latina

Por Estadão Blue Studio
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A mobilidade dos funcionários, a consolidação em maior ou menor grau do home office, o uso remoto em qualquer lugar ou horário. Todos esses movimentos, atrelados à profusão de conexões de máquinas e ao funcionamento de dispositivos de IoT, podem deixar várias portas abertas para invasões e ataques cibernéticos.

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São caminhos que atiçam cada vez mais a criatividade dos cibercriminosos, que passaram a se valer de técnicas sofisticadas de engenharia social e inteligência artificial para planejar seus golpes – os crimes cibernéticos cresceram globalmente a níveis exponenciais, causando impactos operacionais, financeiros e de reputação; o Brasil continua figurando como quarto alvo mundial dessas quadrilhas digitais.

Os alvos dos crimes digitais são vários. Desde organizações líderes em quase todos os setores, incluindo empresas de tecnologia, automotivas e órgãos governamentais. Segundo a empresa de segurança digital Kaspersky, que mantém um mapa de ameaças em tempo real em seus registros, ocorrem nada menos do que 40 tentativas de ataque hacker por segundo na América Latina. No Brasil, são mais de 1,5 mil tentativas de infecção por malware por minuto. Por ano, são mais de 1,2 bilhão delas.

Estadão Blue Studio Foto: Getty Images

Os números batem com o dia a dia das empresas. Basta perguntar a executivos ou gestores de tecnologia da informação de qualquer empresa, não importa a área ou o tamanho, qual é a preocupação número 1 no cotidiano das operações. Todos eles dirão: a cibersegurança de dados, informações sensíveis, redes, sistemas e nuvens usados pela corporação e acessados por funcionários e clientes.

Não é à toa: os dados constituem, hoje em dia, os bens mais preciosos no planejamento dos negócios. Passou a ser mandatório blindar as informações pessoais e financeiras dos clientes, armazenadas em nuvens e sistemas conectados por meio de robustas camadas de proteção, inclusive por imposição de rígidas leis que preveem punições pesadas em caso de desvios ou vazamentos.

É um panorama que traz a necessidade de bilhões de dólares em investimentos anuais em sistemas de monitoramento e controle, modernização e atualizações. De acordo com relatório do Gartner, os gastos globais dos usuários finais com segurança e gerenciamento de riscos devem chegar a US$ 215 bilhões em 2024, um aumento de 14,3% em relação às estimativas para este ano (US$ 188 bilhões).

Por causa da necessidade de correr atrás dos criminosos digitais, é que a figura do CISO vem ganhando força no mundo corporativo. O chief information security officer é o executivo responsável pela segurança que garantirá uma política robusta contra o crime digital.

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