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Forno de Minas vende operação e passa a ser controlada por empresa canadense

Com a venda, os fundadores da companhia mineira deixam de integrar o quadro de decisões do negócio; operação será avaliada pelo Cade

Foto do author Wesley Gonsalves
Por Wesley Gonsalves
Atualização:

A gigante canadense de comidas congeladas McCain, através da sua subsidiária brasileira, comprou o restante da participação societária da marca de pão de queijo Forno de Minas e será a detentora da companhia controlando 100% das operações no País. Com a movimentação, os fundadores da companhia mineira deixam de integrar o quadro de decisões do negócio. O valor da aquisição, no entanto, não foi divulgado.

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De acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o ato de concentração foi publicado no Diário Oficial da União na última terça-feira, 11, e segue em análise na superintendência-geral da entidade. Antes da oferta ser finalizada, a McCain já tinha uma fatia societária no negócio.

“A operação consiste na aquisição, pela McCain do Brasil, de 51% do capital social da holding não-operacional TPZ Participações S/A (“TPZ”) (a “Operação”). No fechamento da Operação, a McCain do Brasil passará a ser a única acionista e controladora unitária da Forno de Minas”, informaram as companhias no documento enviado ao Cade.

Ainda no documento, a canadense justificou a compra do Forno de Minas como uma forma de consolidar sua participação dentro do mercado brasileiro, garantindo a expansão dos seus negócios anteriores e também da ampliação da marca conhecida pelos clássicos pães de queijo.

Cade deve demorar 240 dias para fazer a análise do negócio Foto: Jefferson Rudy/Agência Brasil

Conforme divulgado pelo Cade, a análise concorrencial de atos de concentração deve ser concluída em até 240 dias. “Esse prazo legal pode ser ampliado por mais 90 dias, mediante decisão fundamentada do Tribunal Administrativo do Cade, ou por 60 dias a pedido de advogados das partes”, informou o órgão.

Com a aquisição do Forno de Minas, a McCain também terá nas mãos a compra das ações remanescentes da Sérya, uma empresa que produz batatas congeladas no País e tem sede na cidade de Araxá, no interior de Minas Gerais. Atualmente, a empresa é responsável pela distribuição do produto para o varejo e também para algumas marcas fastfoods que atuam no território nacional. O controle da Sérya já era exercido pelo Grupo McCain.

Procurado pela reportagem, o Grupo McCain informou, em nota, que foi feita uma notificação ao Cade sobre a pretendida aquisição dos 51% remanescentes da Forno de Minas, mas a operação está em análise e ainda não foi aprovada. “Condicionada à aprovação, as partes trabalharão para concluir a transação”, disse a empresa.

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