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Itaú reclama de ‘desequilíbrio de regras’ entre grandes bancos e fintechs

Copresidente do conselho do banco, Pedro Moreira Salles afirmou: ‘Estamos perdendo essa guerra’

Foto do author Aline Bronzati
Por Aline Bronzati (Broadcast) e Marcelo Mota
Atualização:

O copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco Pedro Moreira Salles afirmou que existe certo desequilíbrio de regras entre os grandes bancos e novos entrantes no setor financeiro, como as fintechs (startups do setor financeiro). "Não há uma isonomia regulatória. Estamos perdendo essa guerra", disse ele, durante evento virtual do banco para investidores e analistas.

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Para o também copresidente do conselho Roberto Setubal, a forma como os reguladores vêm tratando novos entrantes tem dado vantagem a eles, pois eles não enfrentam as mesas exigências dos incumbentes (grandes bancos) em termos de capital, liquidez e questões de combate à lavagem de dinheiro.

"Temos de cumprir questões burocráticas, que novos entrantes não são obrigados. As regras foram um incentivo para que surjam empresas, tragam novas tecnologia, mais concorrência ao mercado no sentido de torná-lo mais eficiente", avaliou Setubal.

Para o Itaú Unibanco, não há isonomia regulatória para grandes bancos e fintechs. Foto: Werther Santana/Estadão

Ele disse ainda que se ficar comprovado que não há risco sistêmico, não faz sentido ter regulação tão dura no Brasil. Defendeu ainda uma regra igual para todo o sistema financeiro. "No futuro, a regulação terá de ser isonômica. Teremos de ter uma regulação única para todo o sistema financeiro, deveríamos ter a mesma regulação e a redução de assimetrias", afirmou Setubal.

Assim, avaliou o executivo, as vantagens serão eliminadas, tornando a competição "mais igual", mais justa. Enquanto isso, Moreira Salles acrescentou que o banco tem de reagir. "Temos de aceitar a realidade como ela é.”

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