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Justiça do Rio adia assembleia de credores da Oi para 7 de dezembro

Mudança de datas atende a pedido do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do China Development Bank, que, juntos, detêm R$ 8,4 bi em créditos a receber da empresa

Por Mariana Durão
Atualização:

RIO – O juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio, Fernando Viana, adiou mais uma vez a Assembleia Geral de Credores da Oi, que estava marcada para esta sexta-feira, 10. Na última quarta, 8, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e China Development Bank (CDB) – juntos detentores de R$ 8,4 bilhões em créditos a receber da operadora de telecomunicações – haviam pedido mais prazo para a deliberação do plano de recuperação judicial da companhia. O magistrado redesignou a primeira convocação da assembleia para o dia 7 de dezembro, às 11h, podendo continuar no dia 8.

Caso não haja uma definição nas novas datas, o maior caso de recuperação judicial do País só será solucionado em 2018. A segunda convocação foi determinada para o dia 1 de fevereiro de 2018, podendo continuar no dia seguinte, se necessário for.

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Os detentores de títulos pediram a restrição de direitos políticos dos sete conselheiros alinhados aos principais acionistas da Oi, o empresário Nelson Tanure e a Pharol. Foto: Felipe Rau/Estadão

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Na decisão, Viana mencionou os fatos narrados pelos bondholders representados por Moelis e G5 em petição encaminhada à Justiça na última terça-feira, 7. Os detentores de títulos pediram a restrição de direitos políticos dos sete conselheiros alinhados aos principais acionistas da Oi, o empresário Nelson Tanure e a Pharol, além do afastamento dos diretores recém-eleitos Hélio Costa e João Vicente Carneiro e o impedimento de voto do Societé Mondiale e da Bratel - veículos pelos quais Tanure e Pharol detêmações na Oi - em questões relativas à recuperação. O titular da 7ª Vara Empresarial do Rio determinou a manifestação das empresas em recuperação do grupo Oi e do Ministério Público a respeito.

Viana encaminha a decisão de adiamento para ciência pessoal ao Ministério Público, Anatel, Advocacia-Geral da União (AGU), Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN) e Tribunal de Contas da União (TCU).

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