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Marca de vinho liderada por mulheres se une ao Pão de Açúcar em iniciativa contra o câncer de mama

Lucros da venda dos produtos da Amitié, empresa criada em 2018, serão revertidos para o Instituto Protea, que custeia tratamento de mulheres de baixa renda com a doença

Foto do author Luis Filipe Santos
Por Luis Filipe Santos

A marca de vinhos e espumantes Amitié, fundada e liderada por duas mulheres, a sommelier Andreia Milan e a enóloga Juciane Casagrande Doro, fechou uma parceria com a rede de supermercados Pão de Açúcar para o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama. Todos os lucros que a varejista obtiver com a venda dos produtos serão revertidos para o Instituto Protea, que custeia cirurgias, exames, consultas, radioterapias e quimioterapias contra a doença para mulheres de baixa renda.

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O supermercado apostou numa empresa jovem, fundada em 2018 e em crescimento, para dar seguimento a ações voltadas para mulheres. Anteriormente, a rede já havia fechado parcerias com cervejeiras e churrasqueiras, dentro das atitudes ESG (sigla para cuidados ambientais, sociais e de governança).

Tanto o Pão de Açúcar quanto a Amitié (e o mercado de vinhos em geral) têm as mulheres como seus principais consumidores, apesar de a liderança das empresas do setor ainda ser majoritariamente masculina. Assim, a ideia da ação é posicionar as duas marcas e engajar as clientes.

As garrafas da Amitié serão colocadas no mercado com uma gargaleira especial, informando sobre a destinação dos lucros, e as campanhas serão veiculadas nas redes sociais de ambas as marcas. O site e o app do Pão de Açúcar apresentarão um banner destacando a doação e o Outubro Rosa.

“Não temos estimativa ou meta de vendas, buscamos o engajamento das consumidoras”, conta Carolina Simini Altimeri, gerente de Marca e Fidelidade do GPA.

Garrafas de vinho da Amitié terão gargaleira especial para atrair atenção dos clientes e marcar ação do Outubro Rosa Foto: Danilo de Menezes Ribeiro / Grupo Pão de Açúcar

Segundo ela, a intenção também é ver os resultados para entender se vale a pena realizar outras ações parecidas. “É uma ação inovadora, estamos testando para pensar em novas ações para parcerias como essa”, projeta. “Escolhemos uma das maiores vendedoras de espumantes, que tem recebido prêmios pelos produtos”, comenta.

Poder da amizade

A Amitié surgiu da amizade entre as duas fundadoras, que já trabalhavam no mercado de vinhos e perceberam a falta de lideranças femininas. Decidiram nomear a empresa em homenagem à amizade entre elas — Amitié significa, justamente, amizade em francês. Elas projetaram cinco espumantes e bancaram a produção de mil garrafas.

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“Tínhamos o pensamento de que, se tudo desse errado, pelo menos chamaríamos os amigos para comemorar com os vinhos que criamos”, conta Andreia Milan. No entanto, não foi necessário: as mil garrafas foram vendidas em dois meses e deram início à trajetória da marca, que hoje conta com 23 produtos no portfólio e conseguiu chegar a locais como hotéis e a própria rede do Pão de Açúcar. As vendas estão na casa de 10 mil garrafas por ano.

O foco da marca é em produtos considerados “premium”, de alto valor. “Não somos o maior produtor, nem seremos, mas queremos ser o de maior qualidade”, afirma Milan. Nesse sentido, as premiações ajudam. São 63 prêmios internacionais, incluindo medalhas no Decanter Awards, uma das principais do setor.

Recentemente, a Amitié entrou no mercado do enoturismo, com a inauguração no último dia 10 de setembro de uma vinícola própria na Rota dos Vinhos, no Rio Grande do Sul, projetada pela arquiteta Vanja Hertcert. A marca também tem áreas de produção em outros quatro locais: na Serra Catarinense, na região da Campanha, também no Rio Grande do Sul, no sul de Minas Gerais e no Vale do Rio São Francisco.

Entre os planos para o futuro, a Amitié planeja começar a exportar os vinhos e expandir o enoturismo. “Temos o pé bem no chão, vamos trabalhar firme e dar os próximos passos. Sabemos que não vamos dobrar de tamanho todo ano, mas queremos continuar o crescimento”, projeta Milan. Segundo ela, esse crescimento ocorrerá sempre com um olhar feminino que faltava no setor dos vinhos e está presente nelas, nas funcionárias que compõem a maior parte da equipe de trabalho e nas consumidoras.

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