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'Não sentimos mudança na demanda por causa da Ômicron', diz executivo da Copa Airlines

Duramente afetada pela pandemia, empresa panamenha trabalha atualmente com 80% da capacidade que tinha em dezembro de 2019 e projeta chegar a 90% no primeiro trimestre de 2022

Foto do author Luciana Dyniewicz
Por Luciana Dyniewicz
Atualização:

Poucas companhias aéreas sofreram tanto com a crise da covid como a Copa Airlines. A empresa panamenha trabalha praticamente só com rotas internacionais e, quando a pandemia começou, teve de parar toda sua operação. Para atravessar a crise, cortou 30% da mão de obra e vendeu aviões. Hoje, está trabalhando com 80% da capacidade que tinha em dezembro de 2019 e projeta chegar a 90% no primeiro trimestre de 2022. Por enquanto, a variante Ômicron não alterou as expectativas. “Ainda não sentimos alteração na demanda. Até porque estamos entrando em alta temporada”, diz o gerente de vendas da companhia para o Mercosul, Carlos Antunes.

Carlos Antunes: 'Comitê de biossegurança se reúne diariamente para analisar impacto [da Ômicron] na operação'. Foto: Claudio Gatti - 22/11/2021

Qual o impacto da nova onda de covid na empresa? 

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Estamos monitorando a situação. Temos um comitê de biossegurança que se reúne diariamente para analisar tudo que pode ter impacto na operação. Ainda não sentimos alteração na demanda. Até porque estamos em alta temporada.

Quando a Copa deve voltar a ter lucros como antes da pandemia?

Não temos previsão. Em 2019, o lucro foi de US$ 150 milhões. No primeiro trimestre deste ano, o prejuízo foi de US$ 111 milhões. No segundo trimestre, tivemos um lucro de US$ 28 milhões e, no terceiro, de US$ 8,2 milhões. Trabalhamos muito em custo ao longo deste ano. No começo de 2021, o custo da milha disponível era de US$ 0,08. Agora, está em US$ 0,06. Como não conseguimos mexer no mercado, mexemos no nosso custo para entregar um produto competitivo.

As passagens estão caras. Pode haver alguma redução em 2022?

O dólar está incidindo. Também temos passagens já compradas de pessoas que não puderam voar na pandemia e precisam ser reacomodadas agora. Muita gente está querendo viajar e o preço é uma função de oferta e demanda. Depois de fevereiro, isso deve entrar em um fluxo normal.

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