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Nelson Tanure assume controle da Alliar e mira expansão de empresa de diagnóstico médico

Após negociação envolta em polêmicas, empresário promete investimentos em tecnologia, inovação e gestão sustentável

Por Beth Moreira
Atualização:

Após assumir o controle do grupo de medicina diagnóstica Alliar, o empresário Nelson Tanure mira a expansão da empresa de diagnósticos médicos e consolidação da marca, com o objetivo de transformar a companhia em uma das maiores do setor no País. A troca de controle foi concluída na quinta-feira, 14, após várias polêmicas envolvendo o empresário.

Em nota à imprensa, a companhia diz que Tanure, o novo controlador, sinalizou que deverá fazer, nos próximos anos, investimentos em tecnologia, inovação, gestão sustentável, experiência do cliente e na capacitação e valorização dos seus profissionais. "A empresa seguirá buscando boas oportunidades de negócios e privilegiando a excelência no atendimento", diz a empresa.

Rede de diagnósticos clínicos Alliaré dona de 15 marcas Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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Conforme a nota, o corpo médico continuará sendo um dos pilares da organização e a empresa dará foco em tecnologia e diversificação dos serviços.

Para a presidente interina da Alliar, Karla Maciel, a expectativa é a de que a empresa alcance novos patamares com o reforço dos investimentos em inovação e digitalização dos serviços, além de retomar o crescimento orgânico e inorgânico com uma forte agenda de fusões e aquisições.

"Os novos investimentos, além do foco em inovação e tecnologia trazida pelo Nelson Tanure, aliados à expertise e reconhecimento técnico dos médicos fundadores e do nosso corpo médico, dão à companhia uma vantagem competitiva enorme", diz a executiva.

CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investigará indícios de uso de informação privilegiada (insider trading) nas negociações de fundos ligados a Tanure com ações da Alliar. A decisão consta em despacho da Gerência de Acompanhamento de Mercado da CVM, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso no final de março.

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A suspeita se refere à negociação de Tanure para compra de ações do bloco de controle da Alliar, no fim de 2021. À época, Tanure detinha cerca de 26% de participação na Alliar e chegou a um acordo com o grupo formado por 50 pessoas, que detinha pouco mais de 50% das ações da empresa e era liderado pelos médicos fundadores Sérgio Tufik e Roberto Kalil. Os acionistas minoritários reclamaram que o contrato os excluiu da transação.

Nesta semana, a Coluna do Broadcast informou que a gestora de recursos Esh Capital pediu à Procuradoria Regional de São Paulo a abertura de investigação do empresário Nelson Tanure por suposto uso de informação privilegiada em negociações de ações da empresa de diagnósticos médicos Alliar por meio de fundos.

Fundada em 2011, com a fusão de quatro empresas líderes do setor de diagnóstico médico, a Alliar está presente em 10 estados brasileiros e conta com mais de 5 mil colaboradores, cerca de 1,2 mil médicos parceiros, mais de 100 unidades de atendimento ambulatorial e hospitalar, atendendo com excelência na realização de exames de diagnóstico por imagem, medicina nuclear e de análises clínicas, além de soluções corporativas, remotas e presenciais, para hospitais e centros de diagnóstico dos setores público e privado.

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