A Nestlé superou sua própria meta de crescimento de vendas e ampliou a margem de lucro em 2006, obtendo no ano passado um aumento de 13,8% no lucro líquido, acima do previsto pelo mercado. A companhia suíça teve lucro líquido de US$ 3,19 bilhões, acima dos US$ 3,12 bilhões da previsão média de analistas consultados pela Reuters. O maior grupo de alimentos do mundo obteve aumento de 6,2% nas vendas orgânicas em 2006 (que excluem o impacto de câmbio e aquisições), superando a própria meta de expansão entre 5% e 6%. O resultado também foi maior que a expectativa de analistas, de alta de 6%. As ações da companhia exibiam alta de 2,7%, depois que analistas informaram que o grupo entregou uma série de fortes resultados pecando somente com a falta de um programa de recompra de ações. "O aumento das vendas e das margens foi além das expectativas e a previsão de um cenário positivo foi mais do que suficiente para compensar a decepção com a falta de uma recompra de ações", disse um analista de Londres. Alguns analistas acreditam que a ausência de um programa de recompra é um sinal de que a Nestlé está planejando aquisições em 2007, como a unidade Gerber, da Novartis, de alimentos para bebês, avaliada entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões, e querendo proteger seu rating de crédito "AAA". "Para 2007, apesar do duro cenário de custo, nós planejamos entregar de novo crescimento orgânico entre 5% e 6%, bem como melhora na margem Ebit", disse o presidente-executivo da companhia, Peter Brabeck. A margem Ebit da Nestlé (lucro antes de juros e impostos) subiu 50 pontos-base, para 13,5%, mas a empresa alertou que não verá um novo aumento grande nessa medida, ou margem operacional, em 2007 por causa de pressões de custos, especialmente com produtos agrícolas.