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Petrobras agita a bolsa

Bovespa fechou em queda de 2,08%, com investidores vendendo papéis para comprar ações da Petrobras. A maior apreensão ficou para o julgamento da correção das contas de FGTS. Nos EUA, Fed divulgou um relatório com sinais de desaceleração.

Por Agencia Estado
Atualização:

As negociações com os papéis da Petrobras dominaram o dia na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que registrou um grande volume de negócios. A Bovespa fechou em queda de 2,08%, com investidores vendendo outros papéis para comprar as ações do leilão. O preço das ações deve ser divulgado ainda hoje. A maior apreensão agora é em relação ao julgamento amanhã da correção das contas de FGTS em relação aos expurgos dos planos econômicos da época da inflação alta, no Supremo Tribunal Federal. Se o governo perder, terá de repor cerca de R$ 53,3 bilhões às contas dos trabalhadores, o que afeta o caixa do Tesouro. Nos Estados Unidos, o Fed - banco central norte-americano - divulgou um relatório a respeito do desempenho da economia norte-americana em junho e julho, com claros sinais de desaceleração da atividade econômica. Isso reforça a tendência de que os juros dos EUA não voltem a subir na reunião do dia 22, o que dá mais tranqüilidade às empresas norte-americanas. O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova Iorque - fechou em queda de 0,65%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática - fechou em alta de 0,13%. Com a estabilidade nos juros dos Estados Unidos, o Banco Central do Brasil tem mais espaço para reduzir ainda mais a Selic, a taxa de juros básica do País. A expectativa do próprio governo é que ela chegue ao final do ano próxima de 15,5% ao ano, frente aos presentes 16,5% ao ano. Assim, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagavam juros de 17,280% ao ano, frente a 17,380% ao ano ontem. O mercado tem visto os aumentos recentes da inflação como temporários, o que parece não estar afetando as cotações. Amanhã serão anunciados alguns índices importantes de inflação. O dólar permanece praticamente estável, fechando em R$ 1,7970, com pequena alta de 0,06%. Os resultados da negociação de troca de títulos da dívida externa brasileira devem ser divulgados amanhã. Como o governo resgatou parte da dívida, houve uma saída significativa de divisas, pressionando as cotações, que agora se aproximam de R$ 1,80.

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